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12/07/2020 às 10h43min - Atualizada em 12/07/2020 às 10h43min

Lives movimentam mercado e abrem novas possibilidades

Com aumento da procura, empresa de Uberlândia se especializou no segmento

DHIEGO BORGES
Músicos locais buscaram profissionalização das transmissões ao vivo | Foto: Divulgação
Há pouco mais de 100 dias, as lives não passavam de uma forma descontraída de interagir com fãs e seguidores, principalmente, no meio artístico. Mas, a pandemia transformou o live streaming em uma verdadeira teia de possibilidades e uma tendência a ser seguida em diversos segmentos também além da música.  

Em Uberlândia, o mercado de transmissões ao vivo ganhou corpo e tem movimentado profissionais de áreas distintas e instituições, que passaram a investir no formato para continuar mantendo as atividades. Exemplo prático tem sido mostrado pelos cursos de Engenharia de Produção e Engenharia Ambiental da Faculdade Uniube. Sem as aulas presenciais e eventos, as lives estão sendo utilizadas desde abril como forma de complementar o conhecimento dos alunos.

O coordenador dos cursos, professor doutor Fabrício Pelizer Almeida, explica que a experiência tem sido muito positiva. “Com as lives, temos conseguido trazer diversos profissionais externos para participar e agregar novos aprendizados aos estudantes. Já fizemos nove edições, inclusive com participação de uma professora direto de Portugal e outros colegas de referência também em outras cidades”, afirmou.

Para o professor, o formato não apenas aumenta as possibilidades de troca de experiências, mas também permite a abordagem de novos temas com a contribuição de outros profissionais sem a necessidade de se ter grandes custos. Segundo Fabrício, o retorno dos alunos tem sido bastante positivo e ele acredita que as lives devem se tornar uma tendência. “É uma forma de repensar eventos, simpósios e congressos. Com essa experiência, ampliamos nossa rede de contatos e o objetivo é continuar. Será algo inevitável daqui para frente”.   

Com as atividades suspensas desde o início da pandemia, o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Triângulo Mineiro (Settrim) também enxergou nas transmissões ao vivo uma alternativa para continuar orientando os associados. O diretor executivo do Sindicato, Leonardo Antônio Pinto, explica que o formato foi adotado já na primeira semana da suspensão das atividades da entidade. 

 
“Com a pandemia, os empresários do ramo tiveram muitas dúvidas principalmente a respeito da legislação trabalhista. Então, temos trabalhado com foco em oferecer orientações jurídicas, trabalhistas, financeiras e negociação de convenção coletiva, por exemplo”, destaca. 

O objetivo inicial, segundo o responsável é dar apoio aos transportadores na tomada de decisões neste momento. Com o retorno positivo da experiência, a entidade está investindo para adquirir equipamentos e oferecer, além das orientações, também cursos e palestras em canal no YouTube.  “Temos a intenção de continuar com esse projeto, já que nossa entidade é regional e com as lives conseguimos disponibilizar conteúdos com mais facilidade e para mais pessoas”. 

Empresa local investe no setor
Empreendedores investiram em empresa focada em atender demanda por lives | Foto: Divulgação


A demanda crescente pela profissionalização das transmissões ao vivo fez com que os empresários Adriel Dias e Fábio Martins, que já atuavam no ramo de serviços para eventos, se unissem para investir em uma nova empresa focada em atender esse mercado.   

Juntos, os empreendedores criaram uma empresa chamada No Ar Live Streaming e passaram a oferecer infraestrutura para a realização de lives em Uberlândia.

O empresário Adriel Dias explica que o investimento no segmento foi uma forma de continuar trabalhando com eventos.  “Com a pandemia, a área sofreu uma queda brusca e tivemos que nos adaptar. Começamos a fazer lives juntos e, com o crescimento da procura, vimos a oportunidade para atendermos esse nicho de mercado”, explica.

Adriel conta que a demanda tem sido bastante diversificada e em apenas dois meses de funcionamento, a empresa já realizou aproximadamente vinte transmissões para diversos tipos de segmento. Além das tradicionais lives de música, também há solicitações de empresas para realização de eventos voltados para funcionários, vídeos institucionais e transmissões temáticas, como festa junina, por exemplo.

Ainda segundo o empreendedor, a empresa também tem recebido demandas para realização de treinamentos remotos e até casamentos. “Além dos artistas e empresas, também notamos uma leve procura por casamentos. Algumas noivas têm procurado para tentar fazer o evento optando por convidar poucas pessoas e transmitir a cerimônia para os demais convidados”, destacou.

Um dos artistas que buscou assessoria da empresa para oferecer uma melhor experiência nas lives foi a banda uberlandense Jhonny e Fabrício, que atua no segmento de eventos e casamentos. Sem a possibilidade de realizar shows neste período, as lives foram uma forma de continuar divulgando o trabalho.

Segundo o cantor Jhonny, as primeiras experiências foram feitas de maneira mais simples, pelas redes sociais mesmo, mas logo surgiram pedidos do público para um show mais completo. 


“Resolvemos investir no formato e fizemos uma live solidária com a banda completa. Sentimos a necessidade de contratar uma empresa especializada, com qualidade de áudio e vídeo e ficamos muito felizes com o resultado. É uma maneira de matar a saudade dos palcos”, destacou o cantor. 


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