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13/02/2020 às 09h00min - Atualizada em 13/02/2020 às 09h00min

Servidores da rede estadual entram em greve em Uberlândia

Profissionais voltam a reivindicar atrasos salariais por parte do Estado; veja quais são as 21 escolas afetadas

BRUNA MERLIN
Profissionais de Uberlândia durante protesto na Assembleia Legislativa em Belo Horizonte | Foto: Arquivo Pessoal
Servidores da rede estadual de ensino de Uberlândia aderiram a uma greve para reivindicar atrasos salariais por parte do Governo de Minas. Das 67 escolas da cidade, 16 estão totalmente paralisadas e cinco tiveram adesão parcial, impactando cerca de mil alunos dos ensinos Fundamental e Médio. O movimento começou na terça-feira (11) e conta com o apoio do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE).

Em média, 60 profissionais de cada escola estão participando da greve. De acordo com o presidente do Sind-UTE, Guilherme Faria, o protesto visa cobrar o pagamento do piso salarial profissional que está em atraso desde 2019. Além disso, os servidores reivindicam a situação dos salários que estão sendo pagos em parcelas desde 2016. A categoria também pede explicações e soluções para o pagamento do 13º salário, que não foi enviado a 25% dos profissionais.

Em novembro do ano passado, os mesmos questionamentos fizeram parte da pauta da Paralisação Estadual da Educação em Minas Gerais aderida pela classe. Segundo Guilherme, desde então não há solução para os problemas mesmo após tentativas do sindicato em dialogar, por várias vezes, com o governador Romeu Zema.

Também na terça, diversos servidores foram para Belo Horizonte (BH) e fizeram uma manifestação no prédio da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG). Faixas e cartazes foram utilizadas no protesto.

“É uma situação que não dá para ser tolerada mais. Já tentamos falar com ele [governador] umas 15 vezes. Estamos fazendo a greve como uma medida para cobrar respostas com urgência”, explicou Faria.

O presidente do Sind-UTE também relatou ao Diário de Uberlândia a indignação em relação ao descaso com os profissionais de educação. Segundo ele, outras pastas, como a de segurança pública, já tiveram reajustes e ainda não há previsão para normalizar a situação na área da educação.

Nesta quinta-feira (13), mais de 100 professores sairão em caravana para retornar a Belo Horizonte. O objetivo é fazer novas manifestações na Assembleia Legislativa e apresentar a situação aos deputados durante sessão no plenário.

De acordo com o sindicato, a greve não tem previsão para acabar. Uma reunião com pais e alunos das instituições de ensino de Uberlândia foi feita para explicar o motivo da paralisação e quais serão as consequências da decisão.

“Nós iremos voltar quando tivermos uma solução. Não podemos dizer que vai ser amanhã ou daqui dois dias, porque precisamos cobrar os direitos desses profissionais que estão lutando há anos pela regularização dos salários e outros benefícios”, finalizou Guilherme Faria.

A reportagem fez contato com a Secretaria de Estado de Educação (SEE) que informou, por meio da assessoria de comunicação, que tem
 mantido um diálogo franco e aberto com representantes sindicais. Várias agendas foram realizadas, ao longo de 2019, com os representantes das entidades sindicais e do Governo do Estado nas quais assuntos da área da educação foram debatidos. A SEE reforçou que os canais de diálogos continuarão abertos para que as reivindicações da categoria possam ser apresentadas e debatidas.

Ainda na nota enviada ao Diário, a SEE informou que a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) também vem recebendo e dialogando com representantes dos sindicatos de todas as categorias. "Até o momento, 70% dos servidores da educação receberam o 13° salário integral. Para concluir o pagamento e pôr fim ao parcelamento de salários por seis meses, o Governo do Estado conta com a operação financeira do nióbio".

Foi dito também que a remuneração inicial na rede estadual é de R$ 2.135,64 para a carga horária vigente de 24 horas semanais. Considerando a proporcionalidade sobre o valor do vencimento básico, equivale a R$ 3.304,23 para uma jornada de 40 horas, atendendo à legislação nacional.


ESCOLAS AFETADAS
Totalmente paralisadas:
- Escola Estadual Felisberto Alves Carrejo
- Escola Estadual Frei Egídio Parisi
- Escola Estadual Guiomar de Freitas Costa
- Escola Estadual Honório Guimarães
- Escola Estadual Mário Porto
- Escola Estadual Messias Pedreiro
- Escola Estadual do Parque São Jorge
- Escola Estadual Professor Inácio Castilho
- Escola Estadual Professor José Ignácio de Sousa
- Escola estadual Américo René Giannetti
- Escola Estadual Segismundo Pereira
- Escola Estadual Sérgio de Freitas Pacheco
- Escola Estadual Teotônio Vilela
- Escola Estadual Bueno Brandão
- Escola Estadual João Rezende
- Escola Estadual Maria da Conceição
 
Parcialmente paralisadas (manhã):
- Escola Estadual 13 de Maio
- Escola Estadual Antônio Thomaz
- Escola Estadual Custódio Pereira
- Escola Estadual Ignácio Paes Leme
- Escola Estadual Joaquim Saraiva















 

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