Entre os veículos apreendidos, estão um jipe, uma picape, uma caminhonete e dois caminhões | Foto: Polícia Civil/Divulgação
A Polícia Civil de Uberlândia prendeu uma pessoa e apreendeu cinco veículos na manhã desta quarta-feira (20) como resultado da 2ª fase da Operação Marruá, que combate furtos e roubos de gado na região do Triângulo Mineiro.
De acordo com o delegado-chefe do 9º Departamento da Polícia Civil, Marcos Tadeu de Brito, o preso é suspeito de participar de uma organização criminosa que comete os crimes na região rural de cidades como Uberlândia, Monte Carmelo e Araguari. Os animais eram, muitas vezes, destinados a abatedouros clandestinos.
“Não tem como subtrair 20, 30 cabeças de gado e deixar guardado na garagem de uma casa, como um carro. Então já tinham aquelas pessoas que eram encarregadas de levantar qual gado seria furtado, quem iria trabalhar para o embarque daquele gado, quem iria imobilizar as pessoas no caso de roubo, quem iria vigiar essa propriedade, quem iria transportar esse gado e quem iria receptá-lo”, afirmou Brito em coletiva de imprensa na manhã de hoje (20).
Entre os veículos apreendidos estão um jipe, uma picape, uma caminhonete e dois caminhões. Também foi encontrado um trator, produto de crime. Foram bloqueados, ainda, cerca de R$ 500 mil das contas bancárias do preso e da esposa dele. O delegado não deu mais detalhes da identidade do homem preso e nem sobre as investigações a fim de não atrapalhar os trabalhos.
Na coletiva, Brito recomendou que a população não compre carne sem saber a procedência, não adquira gado sem guia, nem transporte animais sem origem comprovada. “Eu estou vendo que está acontecendo [roubo] no meu vizinho, eu imediatamente aciono a polícia”, disse. O abate clandestino tem reflexo direto na saúde pública.
Delegado-chefe do 9º Departamento da Polícia Civil, Marcos Tadeu de Brito, em coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (20) | Foto: Giovanna Tedeschi
OPERAÇÃO MARRUÁ A 1ª fase da Operação Marruá foi desencadeada pela Polícia Civil de Uberlândia em meados de julho deste ano. Em 29 de outubro, Carlos Fernandes da Silva, de 38 anos foi preso, suspeito de roubar 300 cabeças de gado. A operação também visa coibir a prática de roubos e furtos de maquinários agrícolas.
Silva seria o chefe da organização criminosa da qual o suspeito preso hoje também participa. Eles foram detidos pelos crimes de furto qualificado, roubo, associação criminosa e receptação. Os inquéritos ainda não foram concluídos.
Por enquanto, apenas estes dois suspeitos foram presos pela operação. A partir de agora, a 3ª fase da Marruá é desencadeada e as investigações continuam para prender outros membros da organização.