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30/10/2019 às 19h02min - Atualizada em 30/10/2019 às 19h02min

​Justiça absolve acusado de matar mototaxista durante briga de trânsito em Uberlândia

Crime ocorreu em outubro de 2015; sentença de absolvição foi publicada nesta quarta-feira (30)

CAROLINE ALEIXO
Julgamento ocorreu no último dia 24 na Fórum de Uberlândia | Foto: Arquivo Diário de Uberlândia
Foi absolvido pelo Judiciário o acusado de matar o mototaxista Odair Rosa da Silva Junior, de 24 anos, e de tentar assassinar outras duas pessoas durante uma briga de trânsito, no bairro Martins, no ano de 2015. Giordan Stefan de Oliveira Chaves respondia por homicídio doloso – quando há a intenção de matar – e dupla tentativa de homicídio. O julgamento foi realizado no último dia 24 em Uberlândia, mas a sentença só foi publicada nesta quarta-feira (30).

O crime foi registrado na manhã do dia 5 de outubro de 2015, por volta das 9h, no cruzamento da avenida João Pessoa com a rua Engenheiro Diniz.

Consta na denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPE) que Giordan usou um canivete para desferir golpes contra o peito da vítima, que não resistiu aos ferimentos e morreu. Ele também atingiu outros dois mototaxistas que estavam envolvidos na discussão de trânsito.

O autor, com 55 anos na época dos fatos, foi preso em flagrante e depois passou a responder ao processo em liberdade. O juiz da Vara de Crimes contra a Pessoa, Dimas de Borges Paula, concluiu que o réu agiu em legítima defesa e concedeu a absolvição pelos crimes.

O CASO
Em depoimento, testemunhas relataram que o motorista trafegava pelo bairro Martins quando um motociclista esbarrou em seu carro e quebrou o retrovisor. Giordan então tentou atingir o motociclista com o carro e bateu na pilastra de proteção de uma loja.

O acusado declarou que a briga começou ainda na avenida Afonso Pena, no Centro de Uberlândia, quando ele percebeu que esbarraram no carro dele e que estava sendo perseguido pelo motociclista, ouvindo reclamações por parte da vítima.

Giordan afirmou ainda que desceu para saber o que estava ocorrendo e o mototaxista parou atrás. Outras pessoas apareceram no local da discussão e o cercaram. Ele tentou fugir e foi perseguido pelo grupo, que começou a agredi-lo com uso de capacetes, pedras, entre outros materiais.

Foi então que ele abriu o canivete e atingiu os agressores para também tentar se defender. Os depoimentos e as imagens de câmeras de segurança, que flagraram a situação evidenciando a legítima defesa, segundo o juiz, contribuíram para a sentença de absolvição.

O MPE poderá recorrer da decisão na instância superior.




 

 
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