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09/07/2019 às 09h00min - Atualizada em 09/07/2019 às 09h00min

Anúncio de regularização deixa moradores de Uberlândia ansiosos

Processo engloba 1,2 mil casas de assentamentos que serão incorporados ao bairro Morumbi

SÍLVIO AZEVEDO
Assentamento Carlito Cordeiro será uma das áreas contempladas pelo programa de regularização urbana em Uberlândia | Foto: Sílvio Azevedo
O anúncio da regularização dos assentamentos Maná, Carlito Cordeiro e Zaire Rezende II, realizado no dia 1º de julho, encheu de esperanças os moradores e comerciantes dos loteamentos. A regularização já está na fase de elaboração dos projetos de infraestrutura e finalização da contratação de uma empresa para fazer o levantamento social das famílias.

Segundo a Prefeitura de Uberlândia, 1.280 casas serão regularizadas e receberão água, esgoto, drenagem, rede elétrica e asfalto, sendo 1 mil no Maná, 200 no Zaire Rezende e 80 no Carlito Cordeiro. O investimento será repassado aos moradores em forma de financiamento.

“Todos esperam a legalização do imóvel no seu nome. A Prefeitura vai urbanizar a área e vender os lotes financiados e subsidiados pelo Fundo Municipal de Habitação. Sempre o valor desses lotes é o custo de produção [de infraestrutura]. A medida que a gente terminar de contratar essas infraestruturas e projetos, definimos um custo de produção. Em cima do custo e a capacidade de pagamento dessas famílias, estabelecemos o prazo de financiamento, que normalmente vai até 240 meses”, afirmou o assessor municipal de Habitação, Carlos Antônio Silva.

Os projetos de infraestrutura têm um cronograma de execução de 180 dias. Com os projetos prontos, são mandados para aprovação junto à Secretaria de Planejamento Urbano para depois fazer a licitação para execução de serviço de infraestrutura. Após a regularização, todos os assentamentos serão incorporados ao bairro Morumbi.

 

Ainda segundo Carlos Antônio Silva, devido à proximidade com o bairro Morumbi, inicialmente, não será necessária a construção de novos aparelhos sociais para atender as famílias. “Como são assentamentos consolidados, com famílias morando lá, as pessoas já demandam os serviços nos equipamentos públicos do Morumbi. Tem escolas, unidades de saúde e lazer. Só depois que estiver tudo regularizado, poderemos mensurar se há a necessidade de novos equipamentos”.

Morador do Maná há seis anos, o pedreiro José Borges, 70, aguarda com desconfiança a regularização. “Há muito tempo já era para ter feito isso, mas como tem política no ano que vem, estão jogando duro para conquistar eleitorado. Mas espero que façam mesmo o que estão dizendo, pois vai ser muito bom para nós moradores.”

Já a dona de casa Glaubia Cristina espera ansiosa pelo asfalto, pois sofre com a poeira e a falta de transporte. “Tem famílias que estão aqui por necessidade, pois pagar aluguel é muito caro. Além da falta do transporte, os motoristas de aplicativo deixam a gente no começo do bairro, onde tem asfalto, e temos que andar o resto a pé por causa da poeira.”

Perto do Maná, fica o assentamento Carlito Cordeiro. No local vivem 80 famílias que também esperam pela regularização, entre elas a comerciante Jaqueline Senhorinha de Oliveira. “Eu quero pagar pelo meu comércio e minha casa. Teremos uma moradia com documentação, pois ficamos com medo de uma hora para outra sermos desalojados”, disse.

Questionada sobre uma linha de ônibus para atender aos moradores, a Secretaria de Trânsito e Transportes (Settran) respondeu que também acompanhará os processos de regularização, prevendo a viabilidade de implementar novas linhas de ônibus ou reajustar as linhas de ônibus do bairro.

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