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05/07/2019 às 08h10min - Atualizada em 05/07/2019 às 14h22min

Operação Safety Car combate roubo e furto de veículos em Uberlândia

Quinze pessoas foram presas nesta sexta-feira (5); investigação do Gaeco é desdobramento da Operação Dominó

CAROLINE ALEIXO E GIOVANNA TEDESCHI
Investigações são conduzidas pelos promotores do Gaeco de Uberlândia | Foto: Caroline Aleixo
Quinze pessoas foram presas na manhã desta sexta-feira (5), em Uberlândia, durante a Operação “Safety Car” realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) com o apoio da Polícia Militar. Foram cumpridos 30 mandados e os alvos são suspeitos de integrarem uma quadrilha especializada em roubo e furto de veículos na região.

O Ministério Público Estadual (MPE) chegou até os investigados a partir da
Operação Dominó, deflagrada pelo núcleo regional do Gaeco no final do ano passado e com a segunda fase em fevereiro. 
Além de roubo e furto de veículos, ainda são apurados crimes de tráfico de drogas, organização criminosa, furto e roubo a residência e estabelecimentos comerciais. 

A nova operação teve como foco o cumprimento de mandados de prisão preventiva contra 12 homens e três mulheres. Destes, três já se encontravam detidos por crimes contra o patrimônio e apenas um segue foragido. Além dos 14 investigados presos, a PM prendeu em flagrante outra pessoa por posse de munição de uso restrito.  

Segundo o promotor de Justiça e coordenador do Gaeco, Daniel Martinez, o nome da operação faz referência aos carros de segurança utilizados em provas de automobilismo. A ação tem como objetivo trazer mais segurança aos motoristas e coibir a prática do grupo criminoso que já vinha atuando há cerca de um ano na cidade.

“Nós temos um série de fatos que foram praticados pela organização. Crimes como furto e roubo de carros, furto a residência, roubo a estabelecimento comercial. Agora com a deflagração da operação poderemos concluir as investigações desses delitos e ajuizar as ações penais”, comentou.

INVESTIGAÇÕES

​Os trabalhos de investigação iniciaram há cerca de seis meses. O promotor destacou que a maioria dos crimes era cometida da mesma forma e com duas pessoas à frente do grupo.

“Havia uma dupla liderança na organização, um homem e uma mulher. Eles que articulavam a parte da logística sobre qual veículo seria subtraído, o destino desses carros, se venderia para desmanche ou para clonar. O restante das pessoas trabalhava na parte operacional”, explicou.

Entre os crimes praticados por membros da organização criminosa também está o furto de um cofre em um supermercado no bairro Martins, na madrugada da última segunda-feira (1°), e de outros cofres em um empório do bairro Minas Gerais nesta madrugada (5). A identificação dos crimes foi possível devido a interceptações telefônicas durante as investigações. 

Um dos investigados na operação foi preso em flagrante por furto de cofres cometido nesta madrugada (5) no Bairro Minas Gerais Foto: Reprodução

A PM efetuou a prisão em flagrante de dois autores que participaram do crime de hoje, sendo um deles investigado na Safety Car. Outros dois suspeitos já foram identificados e os rastreamentos continuam na tentativa de localizá-los.

Além disso, outros dois integrantes da quadrilha planejavam um segundo crime de roubo de malote de uma empresa da cidade, tendo o crime sido coibido com a deflagração da operação.


O Gaeco ainda tem como linha de investigação a possível participação de outras pessoas que trabalhavam em locais que foram alvos da quadrilha. “Eles agiam de forma precisa e sabiam valores e informações sobre o funcionamento dos estabelecimentos. As investigações indicam que talvez pessoas que trabalham nesses locais poderiam estar envolvidas com membros dessa organização”, disse o promotor Adriano Bozola.


MANDADOS
A operação contou com o apoio de 20 equipes da PM para o cumprimento dos mandados de prisão preventiva e outros 16 de busca e apreensão. Durante as ações 
foram apreendidos diversos celulares, munições, quantia em dinheiro, pequena quantidade de droga, entre outros. 

Os celulares apreendidos poderão auxiliar na conclusão das investigações no sentido de identificar a atuação da quadrilha na cidade e outros integrantes. 

Durante coletiva de imprensa realizada nesta manhã, na sede do Ministério Público, o comandante da 9ª Região da Polícia Militar (RPM), coronel Cláudio Vitor Rodrigues, comentou sobre o trabalho em conjunto com o Gaeco. 

"A operação foi planejada durante a semana e estava ocorrendo junto ao Gecoc [grupo de militares que atuam no Gaeco] e o Gaeco, que nos subsidia para relacionar os crimes praticados nas últimas semanas com essas pessoas. A relevância do trabalho conjunto é esse. Poder identificar pessoas que vêm de uma prática delitiva de forma organizada e o trabalho da PM em fazer a identificação dessas pessoas, onde elas atuam", disse. 


 Celulares apreendidos poderão auxiliar nas investigações | Foto: Diário de Uberlândia 


 

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