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03/06/2019 às 08h30min - Atualizada em 03/06/2019 às 14h04min

​Servidores da rede municipal paralisam atividades contra reajuste em Uberlândia

Prefeitura anunciou reajuste salarial de 3,5% na última semana; categoria alega falta de diálogo

DA REDAÇÃO
Parte das escolas municipais suspendeu atividades nesta segunda-feira (3) | Foto: Reprodução
Alguns servidores da rede municipal de Uberlândia paralisaram as atividades nesta segunda-feira (3) em protesto ao percentual de reajuste salarial de 3,5% anunciado à categoria. Até o início da manhã desta segunda, 19 escolas municipais informaram que aderiram à paralisação e suspenderam as atividades de forma parcial ou integral. O balanço final do Município apontou 31 escolas.

Os sindicatos informaram ainda que, além dos profissionais da Educação, aderem ao movimento agentes de trânsito, do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), da rede de saúde e autarquias.

Em entrevista ao Diário na última semana, os presidentes de dois sindicatos que representam a classe informaram que a Prefeitura de Uberlândia não abriu diálogo para definir o reajuste. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Uberlândia (Sintrasp) e o Sindicatto dos Professores Municipais de Uberlândia (Sinpmu), o percentual pedido inicialmente pelos representantes dos servidores era de 8,63%, baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Uma vez aprovado pela Câmara de Uberlândia, o aumento salarial vale a partir deste mês e será aplicado para servidores efetivos, comissionados, contratados e terceirizados do Município. Descontentes com o valor, os sindicatos convocaram a paralisação para hoje e com ato previsto para acontecer na Câmara Municipal, a partir das 9h. O projeto para aprovação do reajuste está na pauta para deliberação e deve entrar em votação ainda nesta semana.


Servidores estiveram na Câmara esta manhã para protestar em relação ao reajuste | Foto: Vinícius Lemos

Em nota, a Prefeitura de Uberlândia esclareceu que o o reajuste dos salários dos servidores foi definido com base em estudos técnicos e levando em consideração a atual situação orçamentária do município. O Município reiterou que o reajuste proposto respeita as presentes condições financeiras e é superior ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2018 – acumulado em 3,43% de janeiro a dezembro.

Sobre os serviços afetados nesta segunda, devido à paralisação, o Município apontou impactos apenas na rede de ensino. Das 67 escolas municipais de ensino infantil, três paralisaram totalmente e 14 parcialmente. As demais seguiram com as aulas normalmente.

No ensino fundamental, cinco paralisaram totalmente e nove parcialmente. Em respeito à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (Lei federal 9.394/96), as aulas não ministradas serão repostas para que seja cumprida a oferta de 200 dias letivos aos estudantes, segundo a Secretaria Municipal de Educação. 

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