23/04/2019 às 15h44min - Atualizada em 23/04/2019 às 15h44min
PM de Uberlândia analisa sistema de reconhecimento facial
Comando da 9ª RPM já recebeu estudo sobre a tecnologia, mas vê entraves na implantação
DANIEL POMPEU
Tecnologia foi apresentada durante evento de transformação digital |Foto: Daniel Pompeu A Polícia Militar (PM) analisa a viabilidade da implantação de um sistema de reconhecimento facial voltado à segurança pública em Uberlândia. Um estudo sobre a tecnologia já foi enviado ao comando da instituição, que, no entanto, vê entraves para o início do sistema.
A tecnologia foi apresentada ontem por Felipe Fernandes, CEO da Ivare, empresa de Inteligência Artificial responsável pelo recurso. O empresário fez a apresentação da tecnologia durante a IV Digital Transformation Week, evento de tecnologia e inovação que acontece até a próxima sexta-feira (26).
Fernandes explicou que o recurso possibilita reconhecer indivíduos foragidos da polícia pelas características faciais. Para isso, é necessário que a tecnologia seja integrada às bases de dados dos órgãos de segurança. Ao reconhecer um criminoso, o sistema envia uma notificação à instituição responsável e a abordagem pode ser feita. Também é possível reconhecer placas de veículos roubados ou utilizados por criminosos. No caso de Uberlândia, a tecnologia utilizaria a infraestrutura de câmeras de monitoramento já instaladas pela cidade.
Segundo o coronel Claudio Vítor, comandante da 9ª Região de Polícia Militar, ainda não há nada concreto sobre a futura implantação do sistema. Inicialmente, a empresa fará testes do funcionamento da tecnologia junto à polícia, sem custos para a instituição. O maior entrave para a implantação do sistema, de acordo o comandante, são os custos gerados a longo prazo para a PM.
“Tem que ver quanto vai custar isso, como é que será feita a aquisição [de equipamentos]”, disse. Claudio Vitor cita a situação financeira de Minas Gerais como entrave para fazer investimentos do tipo. Segundo ele, o sistema proposto pela Ivare tem grandes chances de não ser implantado neste ano.
Mesmo assim, o coronel afirma que a Uberlândia está atrasada com relação à integração das tecnologias de monitoramento na segurança pública. De acordo com ele, o recurso seria de extrema ajuda no combate à criminalidade.
“Nós estamos atrasados, tem isso nos melhores lugares do mundo. O que estamos mais avançados, hoje, é com o sistema bancário”, disse. Segundo o comandante, há uma integração da infraestrutura de monitoramento dos bancos com a Polícia Militar, que tem autorização para obter imagens gravadas por instituições financeiras.