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06/04/2019 às 09h30min - Atualizada em 06/04/2019 às 09h30min

Professores municipais são remanejados dos laboratórios de informática

Medida foi adotada pelo Município de Uberlândia para suprir falta de profissionais no quadro das escolas

MARIELY DALMÔNICA
Secretária Tânia Toledo diz que remanejamentos envolveram 30 professores | Foto: Mariely Dalmônica
Trinta professores que atuavam nos laboratórios de informática da rede municipal de ensino de Uberlândia tiveram de ser remanejados, neste ano, para as salas de aula para suprir a falta de profissionais. A Prefeitura diz que a medida ocorre por causa da dificuldade em fechar contrato com os aprovados em processo seletivo, que ainda estão em fase de convocação.

Inicialmente, quando criados, os laboratórios de informática ficavam sob responsabilidade de professores de 1º ao 5º ano do ensino fundamental, que dominavam todas as disciplinas. Depois de alguns anos, os professores do 6º ao 9º, que trabalham com disciplinas específicas, também foram inseridos nos laboratórios, conforme manifestassem interesse.

Atualmente, o Município conta com 63 laboratórios de informática nas escolas. De acordo com a secretária de Educação, Tânia Toledo, os professores de 1º ao 5º ano continuam responsáveis pelos laboratórios, sendo que os remanejados são aqueles que anteriormente davam aulas do 6º ao 9º ano, que podem atender a demanda de profissionais faltantes.

“A gente chama [os aprovados no processo seletivo] todos os dias, mas não consegue suprir. Eu chamo 100, dos 100 vêm 70; dos 70 que vêm, 30 não aceitam”, disse Toledo. Nesta semana, a Prefeitura abriu um novo processo seletivo para professores de matemática, artes e para o cargo de inspeção.

Ainda de acordo com o Município, os professores são remanejados para as salas de aulas das escolas onde já estão lotados, mas o Diário de Uberlândia conversou com alguns profissionais que tiveram de ser cedidos para outras unidades. É o caso de uma professora, que pediu para não ser identificada, que trabalhou por três anos no laboratório da escola onde era lotada, no bairro Jardim Brasília, mas teve de ser transferida para outras duas unidades.

“Fui cedida para uma escola a 11 km da minha casa com parte do cargo, e para outra escola com o restante do cargo. Era lotada na mesma unidade desde 2012 e outra efetiva foi lotada no meu cargo em 2017, quando fui para o laboratório”, afirmou a professora. Segundo ela, o trabalho como professora de informática fará falta tanto para os alunos, quanto para os docentes.

Segundo a secretária, casos como a da professora são mais raros. O problema é que, de acordo com Tânia Toledo, quando foi feito o remanejamento, há alguns anos, a Secretaria de Educação lotou as professoras dentro do laboratório, o que não poderia ter acontecido.

“Pegaram a vaga dela [da professora] e removeram outro professor da mesma disciplina para a vaga. É muito triste a situação, foi um erro que a secretaria cometeu”, disse. Ainda neste ano, professores nesta situação podem voltar para a escola de lotação, afirmou.

Ainda de acordo com a secretária, mesmo sem um professor responsável, os laboratórios continuam abertos e podem ser usados pelos alunos. “Logo vamos revitalizar os laboratórios. Serão necessárias mais de 1 mil máquinas”, afirmou.

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