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07/11/2018 às 08h08min - Atualizada em 07/11/2018 às 08h08min

Luta Pela Vida recebe prêmio nacional

ONG do Hospital do Câncer é a única da região na lista das 100 melhores instituições do país em 2018

CAROLINA PORTILHO
O Grupo Luta Pela Vida, mantenedora do Hospital do Câncer em Uberlândia, vem acumulando reconhecimentos pelo trabalho realizado nesses mais de 20 anos de atuação no combate ao câncer. O mais recente foi a nível nacional, destacando a instituição entre as 100 melhores ONGs do Brasil - 2018, prêmio promovido pelo Instituto Doar, Rede Filantropia e Revista Época. Dentre os agraciados, somente nove são de Minas Gerais e o Grupo Luta pela Vida é o único do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.

O reconhecimento foi entregue ao presidente da instituição, Renato Pereira, durante cerimônia realizada em São Paulo, na semana passada, no Museu de Arte Moderna, no Parque do Ibirapuera. Em sua segunda edição, o prêmio foi criado para valorizar as organizações filantrópicas que se destacam pelo trabalho em prol da sociedade com boas práticas de gestão e transparência.

Para chegar às 100 ONGs premiadas, de um universo de mais de 800 mil instituições no país, foram realizadas etapas de avaliação em que foram observados os processos administrativos, contábeis, financeiros e de comunicação. “Disputamos com 2,5 mil ONGs inscritas do país no prêmio.

Sermos a única da região [premiada] é motivo de muito orgulho e satisfação. Esse reconhecimento significa para nós que a sociedade, os doadores, os nossos colaboradores e voluntários acreditam no trabalho da ONG, além de ser uma forma de dar transparência aos trabalhos executados ao longo desses anos”, disse o presidente.

Ainda de acordo com Renato, a premiação também é uma forma de estimular a melhoria contínua da gestão das entidades e criar espaços de visibilidade para ONGs encontrarem mais doadores. “Se tem uma boa gestão, se há transparência na prestação de contas, existe grandes chances de uma ONG persistir e atingir suas causas, que é o nosso caso. Esse prêmio mostra todo nosso esforço em manter o Grupo e nos dá força para seguir o caminho.”

Atualmente, 7,5 mil pacientes estão em atendimento gratuito no Hospital do Câncer e a equipe, que inclui o Grupo Luta pela Vida, é composta por 500 voluntários e quase 300 colaboradores que atuam no hospital, no escritório administrativo da ONG e na Unidade 2, obra que abrigará serviços complementares ao tratamento clínico já oferecidos no atual prédio do Hospital do Câncer.
 
RELATOS
Ação faz a diferença para voluntária e paciente



Karina Cardoso com equipe médica do Hospital do Câncer de Uberlândia | Foto: Divulgação
 
Karina Cardoso foi diagnosticada com câncer de mama aos 37 anos. Um mês depois, ela já estava em tratamento de químio e radioterapia no Hospital do Câncer, por onde ficou pouco mais de um ano. Hoje, com 39 anos, ela faz acompanhamento da doença de três em três meses e conta que todo o suporte dado pelos profissionais do hospital ajudou nessa fase.

“Retirei a mama esquerda inteira e cada palavra que recebi durante todo o tratamento fez diferença no processo. Tive atendimento psicológico, nutricionista, assistência social, entre outras áreas. Agradeço primeiro a Deus pela minha saúde e, em segundo lugar, ao Hospital do Câncer, que realiza um trabalho exemplar, diferenciado, desde o café servido até a parte de oncologia. Quando estamos em tratamento, é uma fase difícil e precisamos ter ânimo para seguir e esse estímulo todo recebi do hospital”, disse.

Na outra ponta está a pedagoga e estudante de direito Luciene Aparecida Martins, que há 16 anos atua voluntariamente no Hospital do Câncer, seja no bazar, venda de ingressos de campanhas, ou qualquer outra frente. Além de avaliar o trabalho do grupo como extremamente sério, ela diz que o lado acolhedor faz toda a diferença para os pacientes que estão em tratamento.

“O hospital vai além do suporte e apoio clínico. Há um olhar diferente onde prevalece o lado humano acima de tudo e faz com que o processo seja menos doloroso. É uma energia que contagia e eleva a autoestima dos pacientes e dos familiares. As pessoas, às vezes, se sensibilizam com a causa quando algo acontece na família, mas se cada um fizer um pouco, doar uma quantia pequena, faz toda a diferença e ajuda a dar sequência nessa caminhada. Sou feliz em fazer a minha parte dessa história e quero viver muito ainda para continuar ajudando”, afirmou Martins.
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