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04/07/2018 às 17h52min - Atualizada em 04/07/2018 às 17h52min

Mandado de busca e apreensão é cumprido em gráfica

Empresa fica no bairro Brasil e fechou as portas no dia 18 de junho

CAROLINA PORTILHO | REPÓRTER
Clientes foram lesados com o fechamento sem aviso da gráfica (Divulgação)
A Polícia Militar (PM) cumpriu o mandado de busca e apreensão de materiais gráficos na Impressiona Convites, no bairro Brasil, em Uberlândia. A informação foi confirmada nesta quarta (4) pela 4ª Vara Cível à reportagem do Diário de Uberlândia. A empresa encerrou as atividades no dia 18 de junho sem qualquer aviso prévio e sem cumprir as obrigações com clientes e funcionários.

O mandado de busca e apreensão foi um pedido do Ministério Público Estadual (MPE), atendido pela Justiça que determinou a ação. Ainda não se sabe sobre os materiais apreendidos, mas na lista constavam convites, cartões, álbuns e assemelhados encomendados por clientes.

Os proprietários das empresas estão desaparecidos desde o dia 17 de junho. Ao chegarem para o trabalho, no dia seguinte, os funcionários se depararam com a fechadura da porta trocada e câmaras de vídeo retiradas. As redes sociais dos sócios também foram excluídas, assim como o site institucional da empresa.

O juiz da 4ª Vara Cível, Walner Barbosa Milward de Azevedo, também determinou o bloqueio de valores nas contas bancárias das empresas que funcionavam no endereço (gráfica e editora).

Relatos de prejuízos

Mais de 100 pessoas podem ter sido lesadas com o fechamento da gráfica que fica na avenida Maranhão. Uma funcionária, que não quis ter o nome divulgado, disse que a empresa tem 13 funcionários contratados e a maioria dos clientes é formada por noivos e formandos. Ainda segundo a funcionária, neste ano, os donos chegaram a atrasar o pagamento dos salários por algumas vezes, mas a situação foi normalizada depois que o volume de clientes aumentou.

Marcella de Las Cuevas, uma das clientes lesadas, disse que fechou contrato com a empresa há dois meses e efetuou o pagamento de R$ 1.600 em apenas uma parcela. “Eu paguei meus convites de casamento à vista e não peguei nenhum, só tinha visto um papel que estava na gráfica para a impressão”, contou a noiva.

A maioria dos clientes registrou boletim de ocorrência relatando os prejuízos. Ainda segundo Marcella, cerca de 100 formandos e 20 casais já se manifestaram. Débora Tavares irá se casar em 2019, mas fechou o contrato com a empresa no último mês, durante uma feira de noivas.

“Conseguimos desconto e pagamos R$ 1.600 nos convites. Na sexta-feira (15/06) chegaram a me enviar a arte do nosso convite. Quando fui responder o e-mail, fiquei sabendo por um funcionário que os donos tinham desaparecido. Na hora eu não acreditei”, disse.
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