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09/06/2018 às 09h00min - Atualizada em 09/06/2018 às 09h00min

Data para início do Samu é adiada novamente

Mudança se deu devido a greve dos caminhoneiros

VINÍCIUS LEMOS | REPÓRTER
Foto: Divulgação
Por causa de dificuldades geradas pela greve dos motoristas, o início do funcionamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), na região norte do Triângulo Mineiro, foi adiado para o próximo dia 24. A previsão era que o serviço começasse nesta sexta-feira (8). Uberlândia continua de fora do consórcio que está à frente do projeto e não terá o atendimento das ambulâncias, ainda que o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) seja a maior unidade hospitalar referencial.
O secretário executivo do Consórcio Público Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência e Emergência da Macrorregião do Triângulo Norte (Cistri), Rodrigo Alvim, explicou que houve três dificuldades com a crise gerada pela paralisação dos caminhoneiros. A primeira foi o atraso na chegada de insumos, seguido pela não entrega de equipamentos. Contudo, o maior problema foi a convocação dos funcionários, sendo que até nesta semana, apenas 190 confirmações foram feitas, de um total de 240 necessárias.
Segundo Alvim, com os caminhões parados, os avisos de recebimentos (ARs) não foram devolvidos e ele não poderia contar com os profissionais, uma vez que não tinha a confirmação das convocações enviadas pelos Correios. Ele imagina que na próxima semana tudo estará regularizado. Em relação aos materiais, o secretário explicou que já havia contornado o problema fazendo empréstimos em unidades hospitalares. Um dos exemplos são os monitores cardíacos e bomba de infusão, conseguidos com o próprio HC-UFU, que já foram devolvidos ou nem chegaram a ser entregues, depois da data de início das atividades serem adiada.

Sem Uberlândia

O Cistri espera inaugurar a base do Samu no dia próximo dia 20, na sede da 9º Região Integrada de Segurança Pública (Risp), em Uberlândia, com o serviço começando, de fato, em 24 de junho. O Cistri reafirmou que o Samu não terá a participação de Uberlândia, ao mesmo tempo que aguarda resposta sobre a participação do governador Fernando Pimentel para a abertura dos trabalhos.

Verba estadual

O Governo Estadual vai repassar mensalmente ao Cistri R$ 1,6 milhões para manutenção do Samu no Triângulo Norte. O serviço também é mantido pelos Municípios que compõem o consórcio, os quais contribuem com R$ 0,30 por habitante (até o mês passado era R$ 0,20). “Depois que habilitar e qualificar (o serviço), o repasse cai para R$ 900 mil e o Ministério da Saúde entra”, disse Alvim, que não informou o prazo para entrada do Ministério da Saúde, que deve arcar com R$ 700 mil por mês para manutenção do atendimento de urgência.
Ainda que o Estado aponte dificuldades orçamentárias, inclusive com parcelamento de salários dos servidores, o Cistri está seguro da ajuda de custo. “Segurança ninguém tem de nada no Brasil, mas se o Governo está sinalizando que é para implantar, é porque vai pagar”, afirmou o secretário.

O Samu na região

O Samu do Triângulo Norte terá atuação em 26 municípios, sendo 16 com bases descentralizadas. Essas bases podem acomodar mais de uma equipe e, portanto, mais de uma ambulância. Os demais municípios serão referenciados de acordo com a Central de Regulação das Urgências, que funcionará na sede da 9ª Risp. O serviço será integrado com o Corpo de Bombeiros. Tanto as ligações feitas para o número 192 (Samu) como para o 193 (Bombeiros) serão direcionadas à Central de Regulação, que irá definir sobre o deslocamento de uma ambulância ou uma unidade de resgate – ou ambos ao mesmo tempo – quando houver uma solicitação de atendimento pré-hospitalar móvel. O serviço funciona 24 horas por dia, As equipes contam com médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e condutores socorristas.
Para a região, foram destinadas 31 ambulâncias - 26 Unidades de Suporte Básico (USBs) e cinco Unidades de Suporte Avançado (USAs). A princípio, 21 ambulâncias vão entrar em operação e outras 4 permanecem na reserva. O restante ainda está em definição. Com a saída de Uberlândia, que teria 10 unidades móveis, houve a necessidade de redistribuição da frota e das equipes.
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