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27/03/2018 às 05h19min - Atualizada em 27/03/2018 às 05h19min

Atendimento nas UAIs têm nota média de 6,7

VINÍCIUS LEMOS | REPÓRTER

A nota média dada pela população para o atendimento nas Unidades de Atendimento Integrado (UAIs) da cidade de Uberlândia foi 6,72, nos últimos 12 meses. O resultado vem das avaliações feitas pela população dentro de um levantamento pedido pela própria Prefeitura e divulgado nesta segunda-feira (26), durante reunião no gabinete do Executivo. Entre as unidades, a pior nota foi a da UAI Planalto e a melhor foi a da UAI São Jorge. A média entre as oito unidades melhora quando a pergunta é sobre o atendimento mais recente e chega a 7,23, segundo a pesquisa.

O levantamento foi feito pelo Instituto Veritá nas oito UAIs, durante os períodos manhã, tarde e noite, entre os dias 22 de fevereiro e 2 de março deste ano. Foram ouvidas 3.162 pessoas como amostras, sendo elas de ambos os sexos e faixas etárias variadas. Todos haviam procurado o atendimento em uma das unidades de saúde pesquisada.

De maneira geral, a pesquisa diz que 56,2% da população aprovam os serviços públicos de saúde prestados pelo Município, o que surpreendeu o secretário de Saúde. Segundo ele, o quadro de dificuldades que a Prefeitura enfrentou desde o ano passado poderia trazer um resultado pior. “Dadas as dificuldades de abastecimento da rede e servidores trabalhando com salários atrasados. Essas condições refletem na população”, disse Gladstone Rodrigues da Cunha Filho, que informou já ter pago o montante dos ordenados atrasados.

Cinco das oito UAIs tiveram notas abaixo de 7, que foram os casos das unidades dos bairros Luizote de Freitas (6,38), Morumbi (6,90), Tibery (6,59) e Roosevelt (6,41). A UAI Planalto foi a única com avaliação na casa dos 5 pontos, sendo que sua nota ficou em 5,88. As melhores notas foram para as unidades dos bairros São Jorge (7,29), Pampulha (7,11), administradas pela Missão Sal da Terra, e Martins (7,26).

ATENÇÃO PRIMÁRIA

Chamou a atenção da Prefeitura que 84,4% das pessoas que participaram da pesquisa não procuraram uma unidade básica de saúde antes de se dirigem a uma UAI. O fato, na avaliação de Gladstone Rodrigues, é um problema que pressiona e concentra atendimentos. “A população acredita que o pronto-atendimento é algo fácil, com consulta, exame e remédio em um mesmo dia. No ambulatório não é a mesma coisa. A cultura envolve a percepção de que resolveria o problema (no pronto-atendimento), mas ali é uma foto momentânea e não o filme todo de uma doença”, disse.

A solução passa por conscientização e dinheiro, no intuito de levar a população para as unidades básicas e contratar mais médicos e dar mais estrutura de atendimento. O plano da secretaria de Saúde é reduzir o tempo médio de espera por exames de seis para duas horas, reduzir o déficit de médicos, que hoje seria de 30 profissionais na rede, e fazer campanha para que doenças não emergenciais sejam tratadas diretamente em ambulatórios, com consultas e retornos em uma manhã, por exemplo. Gladstone Rodrigues, contudo, afirmou que a falta de repasses do Estado para a saúde local, cujos atrasos somariam R$ 60 milhões, e a situação das finanças do Município dificultam o trabalho.
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