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19/03/2018 às 18h00min - Atualizada em 19/03/2018 às 18h00min

Minas Gerais já teve 118 surtos de conjuntivite

Número chama atenção de especialistas; em Uberlândia, foram duas epidemias

MARIELY DALMÔNICA | REPÓRTER
Uberlândia teve dois surtos de conjuntivite em 2018, segundo SES | Foto: Agência Brasil

Até o último dia 15, Minas Gerais já registrou 118 surtos de conjuntivite, segundo informações da Secretaria de Estado de Saúde (SES). O número chama atenção de especialistas na medida em que se aproxima dos 180 surtos computados durante todo o último ano no Estado. Ainda segundo a SES, dois casos epidêmicos foram registrados em Uberlândia neste ano.

Para ser considerado surto, deve haver o aumento repentino e além da normalidade no registro de uma doença em uma região específica. No caso da conjuntivite, os episódios epidêmicos podem ter sido facilitados por fatores comuns aos primeiros meses do ano, segundo explicou o oftalmologista Gladston Pereira Paiva. “No verão há um aumento nos casos porque as pessoas vão mais a clubes e a lugares onde tem muita aglomeração, como, por exemplo, Caldas Novas. Tempo mais seco também favorece o vírus”, disse.

Paiva afirmou ter notado aumento no atendimento de pacientes com a doença neste ano, se comparado com 2017. “Talvez a conjuntivite esteja sendo transmitida por um agente novo, que pode ter vindo para Uberlândia com alguém que estava em outra cidade, por exemplo”.

Foi o caso da técnica de enfermagem Patrícia Antunes. Ela pegou a doença do marido, que contraiu o vírus durante uma viagem para Belo Horizonte. “Meu filho também pegou a doença, fomos ao oftalmologista e usamos os colírios receitados por cerca de quatro dias”, disse.

Mariele Andrade, atendente de supermercado, é mãe de um menino de quatro anos, que foi o primeiro a contrair o vírus na família. No outro dia, ela e o marido acordaram com os olhos inchados, foram ao posto de saúde, mas não foram atendidos. “Como não tinha médico para atender, fomos à farmácia, compramos colírios e o incômodo passou em 4 dias”.
 
CUIDADOS

Segundo o oftalmologista Gladston Paiva, o vírus precisa de um meio para se transportar do olho contaminado para o olho sadio. Por isso quem está com a doença deve tomar alguns cuidados. O médico recomenda higienizar bem as mãos, separar uma toalha de rosto, trocar a roupa de cama mais frequentemente e evitar contato com outras pessoas.
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