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21/12/2017 às 14h47min - Atualizada em 21/12/2017 às 14h47min

BNDES prorroga prazo de empréstimo para concessionária de Confins

JOANA CUNHA | FOLHAPRESS

Um empréstimo de R$ 405 milhões feito pelo BNDES à concessionária do aeroporto internacional de Confins (MG), que tinha prazo de vencimento marcado para o próximo mês de janeiro, será postergado para o fim de 2018, segundo anúncio feito pelo banco nesta quarta-feira (20).

O financiamento, conhecido como empréstimo-ponte, possuía data de vencimento em 15 de janeiro de 2018 e seria quitado com um financiamento de longo prazo, que era esperado para este mês dezembro. No entanto, como o BNDES não liberou o recurso de longo prazo neste mês, a diretoria do banco resolveu postergar o vencimento do empréstimo-ponte para "dar fôlego" à concessionária de Confins.

Conforme a Folha de S.Paulo antecipou, a prorrogação tem raízes na decisão tomada pelo governo em outubro de reabrir o aeroporto de Pampulha, em Belo Horizonte, para novos voos comerciais, gerando uma concorrência para os voos operados em Confins.

O empreendimento de Confins, a 38 km da capital, foi concedido em 2014, numa época em que Pampulha atuava só com aeronaves de menor porte, com aviação executiva e regional no Estado. Por isso, o novo cenário, com a concorrência de Pampulha, também não havia sido previsto nos estudos feitos pelo BNDES antes de conceder o empréstimo. Agora ele precisa ser reavaliado.

Os acionistas privados, Grupo CCR e Aeroporto de Zurich, que têm 51% de Confins, têm a estatal Infraero como sócia obrigatória com 49%, conforme determinava o modelo de privatização usado pelo governo Dilma. A estatal é dona de 100% de Pampulha.

Segundo o BNDES, a reabertura de Pampulha para os grandes jatos comerciais é uma "decisão que tem potencial para impactar a previsão de demanda do terminal de Confins".

Em nota, o banco afirma que "a previsão da demanda é um dos fatores essenciais na avaliação do BNDES para a concessão de empréstimos de longo prazo a projetos aeroportuários, pois é um indicador que impacta a capacidade futura de pagamento do tomador de crédito".

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