Com um show vigoroso, tenso e pesado, apesar de doses de melancolia implícitas em muitas de suas melodias e letras a banda Scalene prova porque representa e bem rock nacional da atualidade. Com repertório base no novo disco, “magnetite”, os meninos de Brasília foram um presente para os amantes do rock que acompanharam o show do palco principal na esplanada do Teatro Municipal de Uberlândia no sábado (7), no 4º Festival Timbre.
Inegável a qualidade técnica dos músicos e das composições, principalmente por se tratar de letras em português.
E a concorrência da noite foi grande. Grande parte da plateia estava à espera de Rael com Tulipa Ruiz e Emicida e 3030, que também fizeram boas apresentações.
Ainda no sábado, Jesuton, a britânica radicada no Rio de Janeiro fez um show digno de palco principal. Presença de palco, simpatia e talento não faltaram e entre músicas do seu disco “Home” fez uma homenagem a Charlie Browm Jr. e Tears for Fears. Foi um show lindo de ver e ouvir a pesar de alguns problemas técnicos no palco secundário do festival, percebidos também durante o show seguinte de Don Dillinger com Gabriel Thomaz que representaram o punk rock.
Entre os acertos do festival neste ano, que desde quinta-feira reuniu quase 10 mil pessoas entre eventos gratuitos e pagos em diferentes pontos da cidade, foi a adesão de uma nova forma de pagamento por cartão com carga disponível também com promotores do aplicativo, o que diminuiu as filas nos caixas e área de alimentação. Em tempo, a área de alimentação e estandes montadas acima da arquibancada também foram uma boa pedida.
Na sexta (6) a reportagem também acompanhou o belo e profissional show de Silva cantando Marisa Monte no palco italiano do Teatro Municipal e se surpreendeu com a presença de uma intérprete de libras. Ponto para a inclusão no Timbre.
Outro ponto positivo o trabalho dos agentes que de limpeza que mantiveram a esplanada limpa. Uma pena que a maior parte do público preferiu jogar seu lixo no chão ao invés de descará-lo em um dos vários tambores espalhados pelo espaço.
A melhorar para uma próxima edição a qualidade de som do palco secundário, pontualidade (na esplanada houve atrasos no sábado) e a redução do tempo das intervenções dos apresentadores, às vezes repetitivas.