A multinacional Bayer inaugurou oficialmente em Uberlândia, ontem, uma estação de pesquisa de alta tecnologia para melhoramento de sementes de hortaliças e outros vegetais. É a primeira estação da empresa com infraestrutura completa em todo Hemisfério Sul.
Na prática, a estação poderá oferecer tomates, melancias, cebolas e uma série de outros produtos com menos custo de produção e mais qualidade.
O campo de pesquisa, localizado próximo ao distrito de Martinésia, possui 410 mil metros quadrados. Conforme a secretária de Agropecuária, Abastecimento e Distritos, Walkíria Naves, o início da implementação da sede na cidade aconteceu em meados de 2010. “A Prefeitura, na época, deu apoio com informações. Mostramos as características de nosso município para eles escolherem o melhor local”, disse.
Depois da aquisição da área, as pesquisas começaram em 2011. A inauguração oficial representa o estágio final da infraestrutura.
A oferta de especialistas locais qualificados para a agricultura colaborou para a decisão da escolha de Uberlândia para a sede do estudo, além da própria localização estratégica da cidade no território brasileiro.
Segundo a companhia, além de apresentar a infraestrutura necessária para as operações, o município também possui condições climáticas adequadas para o cultivo e melhoramento de hortaliças durante todo o ano.
REFERÊNCIA
Esta é a primeira estação da empresa com infraestrutura completa para o desenvolvimento de sementes de hortaliças no Hemisfério Sul. A pesquisa possui o acompanhamento de 80 profissionais e abrange programas de melhoramento genético de tomates, cebola, melancia, cenoura e melão.
Também são realizados estudos específicos de fitopatologia, que significa técnicas para tornar o vegetal mais forte e imune a doenças.
O diretor de pesquisas da unidade de sementes de hortaliças e vegetais da Bayer para a América Latina, Ailton Ribeiro, explicou que a grande maioria das hortaliças comercializadas atualmente no mercado é plantada com sementes desenvolvidas para outras regiões do mundo.
O diferencial do estudo, então, é desenvolver espécies híbridas adaptadas às condições climáticas, de solo e ecossistema típicas da região. “Fazendo esse desenvolvimento no local, você tem a vantagem da adaptabilidade da espécie, que fica mais tolerante a fatores como pestes e clima. Isso reduz a aplicação de defensivos agrícolas, o que diminui o preço e dá mais qualidade ao produto”.
Com o trabalho, Uberlândia vai produzir híbridos para serem comercializados e produzidos em várias regiões do Brasil e América Latina, além de outros países tropicais.