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11/01/2023 às 08h00min - Atualizada em 11/01/2023 às 08h00min

A invasão ao Congresso, Palácio do Planalto e STF

ALEXANDRE VALADÃO
O assunto do momento não poderia ser outro, senão as consequências dos atos de invasão praticados por ideologistas de direita, autodenominados seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que trouxe danos nunca antes vistos os prédios representantes dos Três Poderes da Nação: Congresso Nacional (Poder Legislativo), Palácio do Planalto (Poder Executivo) e Supremo Tribunal Federal – STF (Poder Judiciário).

E não poderia ser diferente. Todos os cidadãos devem se manifestar nesse momento. Respeitando-se opiniões MODERADAS e EDUCADAS em contrário, não há como defender as atitudes golpistas praticadas no último domingo.

Independente da ideologia defendida, movimentos de direita ou de esquerda, ou mais ainda, qualquer tipo de manifestação ou protesto deve respeitar os direitos mínimos dos cidadãos, e dentre eles está a preservação do patrimônio, inclusive o público.

Imaginem se qualquer pessoa que se revolte ou que se sinta indignada com determinada situação pudesse começar a depredar bancos de praças, ônibus do transporte coletivo ou prédios públicos.

A desordem nunca poderá levar ao atendimento de reivindicações. Isso vai diametralmente contra ao que prega o Estado Social de Direito, que é justamente o respeito às leis e à ordem, por ser direito de todos, mas, principalmente, por ser direito individual de cada cidadão.

O que se passou na cabeça de pessoas que se organizaram para invadir as sedes dos Três Poderes da República? Que ficariam instalados naqueles locais e nada aconteceria? Que por conta dessa invasão, para negociar uma desocupação, o antigo Presidente da República seria reconduzido ao cargo por medo dos manifestantes? Que eles sairiam impunes?

Infelizmente, percebe-se que boa parte dos envolvidos foram usados como massa de manobra de ideologistas maiores, mas que tinham ciência das consequências que poderiam ocorrer, como prisões, condenações, gastos com defesa, etc.

Isso somente mostra como a grande massa da sociedade torna-se cada vez mais manipulável e sem iniciativa, demonstrando que não possui capacidade mínima de raciocínio e discernimento, de entender a gravidade das atitudes, principalmente depois da disseminação das chamadas “redes sociais”, que tem “emburrecido” ainda mais os seus adeptos, que acreditam piamente no que está sendo divulgado por “influenciadores”, sem, pelo menos, a curiosidade de buscar uma fonte de confiança e entender o que está acontecendo.

Triste povo que se manipula dessa forma.

Isso somente serve para oportunistas e golpistas fazerem as suas vontades particulares acontecerem sem se envolverem e sem sofrerem as consequências.

Na História da Humanidade, episódios como esses sempre aconteceram, usando as multidões como massa de manobra e tubo de ensaio de revoluções ditas “populares”, mas que atendiam a interesses de minorias.

Que os invasores sejam exemplarmente punidos, para ficar sacramentado que atitudes como essas não compensam, mas sim o respeito à lei e à ordem.

Não concordam com a vitória do atual Presidente da República? Que se reúnam e organizem-se junto aos seus Deputados e Senadores nos quais votaram para sustentarem uma oposição política combativa, atuante, vigilante e que mostre que a própria legislação apresenta os caminhos para retirar do poder aquele que não atende aos anseios da população.

Esses golpistas não me representam. Não merecem louros ou cumprimentos. No máximo, merecem a piedade por serem tão facilmente enganados e manipulados. Que tenham o discernimento de se instruírem mais para utilizar os caminhos corretos e legítimos e fazerem prevalecer a sua ideologia.

Errata – novo valor do salário mínimo
Nessa coluna, na semana passada, informei que a partir de 01/01/2023 o novo valor do Salário Mínimo nacional passaria a ser R$ 1.320,00 por mês. Porém, a Medida Provisória (MP) com esse novo valor não foi publicada, como prometido. Assim, continua vigente a MP nº 1.143, fixando o valor de R$ 1.302,00 por mês, R$ 43,40 por dia e R$ 5,92 por hora.

JUSTIÇA!



*Este conteúdo é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.
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