13/04/2018 às 10h54min - Atualizada em 13/04/2018 às 19h54min
Operação prende três por desvio de verbas públicas em Araguari
Investigação do MPE começou com uma possível venda irregular de túmulos em cemitério local
VINÍCIUS LEMOS E MARIELY DALMÔNICA | REPÓRTERES
Sede da Superintendência de Água e Esgoto de Araguari foi fechada durante averiguações | Foto: Reprodução/Google Pelo menos nove agentes políticos e públicos foram afastados de seus cargos na manhã de hoje, em Araguari, durante ações da operação Hoopoe, desencadeada pelo Ministério Público Estadual (MPE). Houve ao menos três presos na ação, que investiga desvios de dinheiro público municipal, incluindo na Superintendência de Água e Esgoto de Araguari (SAE).
Durante coletiva de imprensa realizada na tarde de hoje, a Promotoria informou o afastamento e prisão de servidores, secretários e um vereador da cidade. Os nomes, no entanto, não foram divulgados. As prisões foram realizadas na Secretaria de Obras, na Secretaria de Saúde, na SAE, na Câmara Municipal, na sede da Prefeitura e em uma residência particular. A SAE foi fechada para verificações.
As prisões são temporárias e foram cumpridas por meio de mandados, assim como 32 ordens de busca e apreensão autorizadas pela Justiça. Participaram da operação três promotores e 110 policiais civis.
INVESTIGAÇÃO Segundo o Ministério Público Estadual, as investigações tiveram início com informações sobre a possível venda de túmulos no cemitério municipal de Araguari.
Na evolução dos levantamentos, promotoria e policiais civis descobriram que agentes públicos e políticos se aproveitavam de seus cargos para o desvio de dinheiro e, dessa maneira, “obtiveram benefícios políticos e econômicos em proveito próprio ou de terceiro”, segundo informou comunicado do MPE.
Os crimes que poderão ser imputados aos suspeitos são os de peculato, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As penas chegariam a 12 anos de prisão.
A operação Hoopoe teve colaboração do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Belo Horizonte, da Polícia Civil, além de grupos de Apoio Operacional Policial, Combate a Crimes Cibernéticos, Grupo Especial do Patrimônio Público (GEPP) e do Patrimônio Público.