A Polícia Civil (PC) cumpriu, na manhã desta terça-feira (2), nove mandados de busca e apreensão contra uma quadrilha especializada em sonegação de impostos que atuava no Distrito Federal há uma década. Entre os envolvidos no esquema criminoso está um casal de empresários que reside em Uberlândia. De acordo com o balanço da corporação, três mandados foram cumpridos na cidade simultaneamente, nos bairros Cidade Jardim, Pequis e Brasil.
Deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal, através da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária, a "Operação Identidade Dobrada" apurou a existência do grupo criminoso especializado que constituía empresas a partir de documentos públicos e privados falsificados, principalmente carteiras de identidades.
A quadrilha utilizava o esquema de "laranjas" e "testas de ferro", tendo uma das empresas criadas pelo grupo gerado um prejuízo aos cofres do Distrito Federal de R$ 43 milhões. Segundo a Polícia Civil, o grupo que compõe o esquema criminoso tem como pivô um casal de empresários que reside em Uberlândia. Dentro do esquema há envolvidos das cidades de Valparaíso de Goiás (GO) e Maringá (PR).
Os cumprimentos dos mandados de busca e apreensão visam a arrecadação de mais provas dos crimes para reforçar os indícios já presentes na investigação, com o objetivo de confirmar a efetiva participação de cada integrante do grupo criminoso, bem como identificar outros envolvidos como as pessoas por trás das identidades falsas na abertura das empresas “noteiras” e outros beneficiários do esquema de sonegação fiscal.
Além disso, a ação tem como objetivo verificar o caminho dos valores oriundos das práticas de sonegação fiscal e a apreensão de bens e valores, com o fim de ressarcimento aos cofres públicos, além da conclusão do inquérito em andamento. As diligências foram cumpridas nos estados de Minas Gerais, Goiás e Paraná, na residência dos envolvidos, beneficiários do esquema e no escritório de contabilidade com vínculos na prestação de serviços ao casal de empresários do grupo criminoso.
Os suspeitos estão sendo investigados pelos crimes de integrar organização criminosa ou associação criminosa, sonegação fiscal, falsificação de documento, uso de documento falso e lavagem de dinheiro, e, caso condenados, podem pegar até 30 anos de prisão.
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