A Prefeitura de Uberlândia anunciou, nesta segunda-feira (25), que pretende reajustar o salário dos servidores públicos municipais em 4% neste ano. Também está previsto um aumento de 30% no valor do auxílio alimentação, que chegará a R$ 650 com a nova recomposição. O projeto de lei será encaminhado à Câmara Municipal, que convocou uma reunião extraordinária nesta terça-feira (26) para votar o reajuste.
O anúncio foi feito através das redes sociais do prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão. Confira abaixo.
"Após a finalização dos estudos por nossas áreas técnicas e conforme compromisso assumido, estou encaminhando hoje (25) à Câmara Municipal os projetos de lei de recomposição salarial dos servidores públicos em 4% e de aumento de 30% do auxílio alimentação, que chegará a R$ 650. Com responsabilidade, seriedade e muito esforço, chegamos aos valores que são possíveis no momento. Os efeitos financeiros serão retroativos a março", disse o prefeito.
A GREVE
A paralisação dos servidores da rede municipal teve início no dia 8 de março. De acordo com o Sindicato dos Servidores Municipais (Sintrasp), a greve foi aderida de forma total ou parcial em 90% das escolas municipais da cidade, bem como nos setores de abastecimento, transporte e vigilância zoosanitária.
A mobilização aconteceu para reivindicar reajustes salariais para a categoria.
"É importante deixar claro que é uma paralisação geral de todos os servidores públicos municipais, com membros da Zoonoses, do Dmae, da saúde e da educação, alguns com mais intensidade e outros com menos. A pauta principal da paralisação é o salário. Estamos reivindicando uma recomposição, para recuperar a perda salarial, o que a gente reivindica é 37,5%, o que não é nenhuma loucura. Também reivindicamos o aumento do ticket para R$ 820. Hoje está em R$ 500 e em Uberaba já está R$ 1000. Lamentavelmente, o prefeito recebeu a pauta em dezembro do ano passado e até agora não se posicionou", disse o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (Sintrasp), Ronaldo Amélio Ferreira.
Uma semana após a adesão à greve, uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinou a suspensão da paralisação dos servidores municipais de Uberlândia, a pedido da Prefeitura. De acordo com o Município, os servidores não apresentaram um cronograma ou planilha de programação que permita a continuidade dos serviços municipais. Segundo a ação, 62 escolas foram afetadas pelo movimento grevista, com a paralisação total das aulas e impacto direto para cerca de 20 mil alunos da rede municipal.
O documento afirmava ainda que não foram apresentados pelo movimento a cópia da ata de assembleia, bem como a decisão de aprovação pela greve e as reivindicações da categoria. O Município alegou também que não recebeu um ofício para que fossem realizadas negociações coletivas com o poder público.
De acordo com a ação, a paralisação de professores das escolas de municipais foi considerada ilegal, já que o Poder Judiciário considera a educação como um serviço essencial, não podendo, portanto, ser prejudicado pela reivindicação de recomposição salarial. Em caso de descumprimento da decisão, a multa estipulada pode chegar a R$ 200 mil.
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