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20/03/2024 às 18h07min - Atualizada em 20/03/2024 às 18h07min

Plataformas digitais impulsionaram as vendas do comércio de Uberlândia no último ano

Pesquisa revela preferência dos consumidores por aplicativos de compras

JUAN MADEIRA | DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Praticidade, melhores preços e conveniência de não sair de casa r são fatores que contribuíram para o aumento | Foto: FREEPIK

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revelou uma preferência dos consumidores por compras online. O cenário foi percebido por comerciantes de Uberlândia que registraram crescimento das vendas no último ano após implantarem plataformas digitais para atrair os clientes. 

 

O sócio da unidade da Mãe Natureza em Uberlândia, Felipe Félix, adaptou as estratégias de negócio da empresa para oferecer mais opções de compra aos consumidores através do mundo virtual. A rede de alimentos naturais e orgânicos tem duas unidades na cidade e, além do atendimento presencial, realiza entregas pelo aplicativo Mercadapp. 

 

“Disponível no Android e iOS, nosso aplicativo próprio, desenvolvido por uma empresa de Fortaleza especializada em aplicativos para supermercados e empórios, atende muito bem aos consumidores. Do ano passado para este, notamos um aumento de cerca de 15% nas vendas do app. E cerca de 7% de nossa renda vem dele”, disse Felipe.

 

A tendência de vendas digitais também se estende a outros segmentos. A conveniência e a variedade de opções oferecidas pelo formato virtual têm conquistado uma crescente parcela de consumidores em diversos setores da economia.

 

A proprietária da loja de acessórios Maison Lela, Marielle Roveri, contou ao Diário que este é um modelo fundamental para o empreendimento. Além do estabelecimento localizado no Uberlândia Shopping, ela adotou estratégias de vendas online, incluindo transmissões ao vivo em redes sociais e grupos de compra no WhatsApp. 

 

"Hoje minhas vendas online representam 30% do meu faturamento total. Vendo de tudo, de promoções a lançamentos, o que tivermos a disposição. Conseguimos vender mercadorias que não temos na loja física também, tudo sob encomenda direto no Whatsapp. Isso ajuda demais, porque não precisamos arriscar comprar peças achando que não iremos vender", explicou.

 

Para Marielle, a comunicação pelas redes sociais facilitou muito a realização dos negócios, já que o cliente pode ver fotos, vídeos, e até realizar vídeo chamadas. “Quando a pessoa tem esse contato, é mais fácil converter a venda. Essa foi a principal causa pela qual a internet fez nossas vendas aumentarem. Em um grupo com 300 pessoas, enviamos uma foto e podemos fazer de 20 a 30 vendas”, completou. 

 

Já na Reserva, uma loja de roupas que também conta com o mercado digital, o gerente da filial no Center Shopping, Gabriel Magalhães, destacou a importância da interação entre os atendentes e os clientes. Para manter essa conexão, a loja oferece cupons que podem ser utilizados nas compras virtuais.

 

"Aqui na Reserva, oferecemos cupons para os clientes que visitam a loja, permitindo que eles realizem compras online também. Essa abordagem digital tem sido um diferencial, inclusive para pessoas mais idosas que não estavam habituadas a comprar pela internet, então com a ajuda dos nossos vendedores, mantemos uma relação próxima com o cliente”, detalhou.
 

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MERCADO DIGITAL

O mentor de vendas e palestrante, Paulo Dante, afirmou que o mercado online é uma consequência do mundo digital como um todo, não se limitando apenas às compras, mas também abrangendo fatores como entretenimento, socialização e aprendizado. O profissional ressaltou que muitas pessoas começaram a realizar compras pela internet nos últimos anos, destacando três pontos-chave.

 

O primeiro deles seria a conveniência de poder comprar de qualquer lugar, seja no trabalho, em casa ou em uma fila de banco, sem a necessidade de dedicar um tempo específico para essa atividade. O segundo ponto é a  simplicidade do processo de compra online em comparação com a necessidade de deslocamento e várias etapas envolvidas ao visitar um estabelecimento físico.

 

“Para uma pessoa realizar compras presenciais, ela precisa sair de casa, e de todo um deslocamento com várias etapas até estar dentro do estabelecimento. O processo de compras online é simples. Depois da pandemia, um público que não usava isso antes passou a usar, então foi simplificado e isso faz com que as pessoas comprem com recorrência”, explicou.

 

Por fim, o mentor de vendas comentou sobre a ampla variedade de produtos disponíveis, juntamente com a facilidade de comparação de preços e tempo de entrega reduzido ao longo dos anos, facilitando a pesquisa e a tomada de decisão do consumidor.

 

PESQUISA

O levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostrou que 86% de internautas brasileiros utilizaram aplicativos de loja para compras no último ano, um aumento de sete pontos percentuais em relação a 2021. Conforme a pesquisa, este acréscimo ocorreu pela praticidade, melhores preços, conveniência de não sair de casa e fácil acesso via celular. 

 

Quanto aos produtos mais comprados pelos consumidores, moda/vestuário (49%) e comidas e bebidas por delivery (47%) lideram o ranking, seguidos pelos serviços de transporte (42%) e pelos itens para casa (40%).
 

 

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