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18/03/2024 às 14h58min - Atualizada em 18/03/2024 às 14h58min

Sem reajuste salarial há oito anos, técnicos-administrativos da UFU entram em greve

Categoria também pede reestruturação da carreira e recomposição do orçamento da universidade

REDAÇÃO | DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Nesta segunda, a categoria criou o Comando Local de Greve (CLG) no campus Santa Mônica | Foto: Raíssa Dantas/Sintet-UFU

Os técnicos-administrativos em educação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) entraram em greve nesta segunda-feira (18). De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições Federais de Ensino Superior de Uberlândia (Sintet-UFU), a categoria reivindica reajuste salarial e outras questões para melhorar o desempenho da profissão e da universidade.

 

“Vai fazer oito anos que não temos reajuste salarial, nem a inflação desse período foi recomposto. O poder de compra dos profissionais caiu significativamente”, afirmou o coordenador geral do Sintet-UFU, Robson Carneiro.

 

Conforme dito por Robson, o sindicato também pede uma reestruturação da carreira. “A profissão existe há mais de 30 anos e deixou de ser interessante. Pedimos um aprimoramento para tornar a carreira mais atrativa, mais valorizada, de modo que a universidade fique protegida e retenha os profissionais aqui”, completou. 

 

O coordenador afirmou ainda que o movimento reivindica a recomposição do orçamento da UFU. “O Governo Federal vem cortando a cada ano as verbas das universidades, isso deixa as instituições em uma situação delicada. Para vocês terem uma noção desse problema, o orçamento previsto para 2024 não vai cobrir todas as despesas do ano. A universidade vai precisar de verbas complementares”, disse.

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Nesta segunda, a categoria criou o Comando Local de Greve (CLG) no campus Santa Mônica, em Uberlândia. Na reunião, foi decidida a organização interna do CLG, além da divisão das comissões de trabalho da greve para não afetar o funcionamento total da UFU e do Hospital de Clínicas da UFU.

 

Robson Carneiro informou que a greve é por tempo indeterminado. “Vai depender da disposição do governo para negociar. Se o governo durar seis meses para resolver, o movimento vai durar seis meses”, finalizou. 

 

Por meio de nota, o Hospital de Clínicas da UFU informou que, até o momento, não houve impacto nos serviços de urgência, emergência e eletivos essenciais. No entanto, houve necessidade de reagendar alguns procedimentos cirúrgicos eletivos.

 

O Diário também procurou o Governo Federal que informou que o Ministério da Gestão viabilizou em 2023, a partir de negociação com as entidades representativas dos servidores federais, reajuste linear de 9% para todos os servidores, além do aumento de 43,6% no auxílio alimentação. 

 

“Esse foi o primeiro acordo para reajustes fechado entre o governo e servidores em oito anos. No segundo semestre de 2023, teve início o debate sobre reajuste para o ano de 2024. Como parte desse processo, foram abertas mesas específicas para tratar de algumas carreiras. A recomposição da força de trabalho na Administração Pública Federal, para recuperar a capacidade de atuação do governo para a execução de políticas públicas, é pauta prioritária do Ministério da Gestão, que vem atuando dentro do possível e dos limites orçamentários para atender às demandas dos órgãos e entidades do Executivo Federal”, consta a nota.

 


*Matéria atualizada às 17h01 para acréscimo de informações. 


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