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27/02/2024 às 18h11min - Atualizada em 27/02/2024 às 18h11min

Coleta seletiva registra aumento de 20% na quantidade de lixo recolhido em janeiro

Mais de 440 mil kg de materiais recicláveis foram coletados no mês passado; confira como funciona o serviço na cidade

JUAN MADEIRA | DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Associações como a Arca fazem a destinação correta de materiais reciclados | Foto: Arquivo Pessoal
O serviço de coleta seletiva em Uberlândia registrou um aumento de 20% na quantidade de resíduos recicláveis recolhidos em janeiro deste ano, em comparação com o mesmo período de 2023. Conforme dados fornecidos pelo Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), mais de 449 mil quilos foram recolhidos no mês passado, enquanto em janeiro de 2023, foram coletados cerca de 375 mil kg.
 

Com relação à quantidade de resíduos coletados anualmente, em 2023 o Dmae recolheu mais de 4 mil toneladas, representando um acréscimo de 10% em relação ao ano de 2022, quando o total de lixo recolhido foi de 3,9 mil toneladas. 

 

O supervisor de resíduos sólidos do Dmae, Arthur Rosa explica que o aumento é decorrente da maior adesão da população com o serviço. “Desde o segundo semestre de 2023, percebemos um aumento significativo decorrente do número de empresas, condomínios e instituições procurando o Dmae para a realização da coleta seletiva. Esse aumento de adesão ainda está dentro da capacidade de coleta do serviço, mas caso seja necessário, já está em planejamento um novo aumento do quantitativo de equipes”, explica.

 

Além da participação voluntária da população, para Rosa, o sucesso da coleta seletiva se dá, ainda, pela adesão de empresas, condomínios e instituições - públicas e privadas - que se propõe a separar corretamente os resíduos gerados. “E principalmente colocar para fora no dia que o ecocaminhão passa nos bairros”, completa o supervisor. 

 

COMO FUNCIONA A COLETA?

O serviço de coleta seletiva, que dá o destino correto a resíduos previamente separados segundo a sua composição, atende 65 bairros em Uberlândia. Para 90% da população, o Ecocaminhão passa uma vez por semana recolhendo o material reciclável separado pela população. 

 

“Basta separar da forma correta e colocar na calçada ou na lixeira no dia e horários corretos, de acordo com a programação disponível no site do Dmae. A orientação é colocar os materiais recicláveis a partir das 8h, 13h30 e 17h00”, explica Arthur Rosa.

A outra modalidade existente é a “ponto a ponto”, que está disponível para toda a população, que pode levar os recicláveis aos Ecopontos e Pontos de Entrega Voluntária. Confira no final da matéria uma lista de associações e cooperativas que recebem a coleta seletiva.

 

É possível obter mais informações pelo site do Dmae, ou pelo telefone (34) 3228-774, onde o cidadão pode tirar dúvidas, solicitar coletas de grandes volumes, sugerir e relatar problemas. 

 

Caso exista um local de grande geração de resíduos, é preciso que o responsável chame o Whatsapp da coleta seletiva, (34) 3228-7749, para que seja realizada uma implantação ou uma coleta pontual de grandes volumes. 

 

ASSOCIAÇÕES

De acordo com o Dmae, a coleta seletiva também tem o objetivo de promover a inclusão social dos catadores, gerando trabalho e renda, além de conscientizar a população da importância de se reduzir, reutilizar e reciclar os resíduos sólidos.

 

O supervisor Arthur Rosa ressalta a importância da coleta no trabalho de centenas de pessoas. “O serviço contribui com a preservação do meio ambiente e o mais importante: com a inclusão social dos catadores de materiais recicláveis, organizados nas associações e cooperativas, sendo gerado trabalho e renda para mais de 100 recicladores. Quanto mais a população se conscientizar e contribuir com o serviço, mais catadores terão seu trabalho digno garantido”, indica.

 

De acordo com o presidente da Associação dos Recicladores e Catadores Autônomos (Arca), João Batista Ferreira, 20 pessoas trabalham no galpão da sede da entidade, que fica na avenida Joaquim Ribeiro, 477, no bairro Santa Luzia.

 

“O material vem da coleta e então é feita a separação e triagem. Depois fazemos a pesagem do material, prensamos e então comercializamos, nós recebemos em cima do que produzimos. Tenho visto que a população tem aderido a coleta seletiva, por isso pedimos que as pessoas continuem ajudando a gente na separação”, conta.

 

Quanto ao destino dos materiais, João Batista explica que o vidro é enviado para a cidade de Porto Ferreira (SP), o papelão é vendido para empresas em Uberaba e o restante dos materiais, como pet e sucata, é comercializado em Uberlândia mesmo.

 

Apesar do aumento na coleta realizada pela autarquia, houve uma diminuição de 42% nos itens coletados pelas instituições. Em janeiro de 2023, essas entidades recolheram 60 mil kg de materiais, enquanto no mês passado esse número reduziu para 29 mil kg.

 

“Passamos por uma baixa de materiais no final de 2023 que continuou no início de 2024. Por isso a conta está sendo difícil de fechar, mas apesar das dificuldades, ainda estão chegando materiais na associação”, explica. 

 

Rosemary de Oliveira é uma catadora de coleta seletiva da Arca, que encontra na atividade uma fonte de ajuda significativa em sua vida. Para ela, o serviço proporciona uma rede de suporte financeiro que a auxilia desde a compra de remédios até o pagamento das contas básicas como água e luz. 

 

“Como tenho problemas de saúde, a renda da coleta me ajuda a comprar remédios, que estão caros, e alimentos, que também estão caros. Por isso me ajuda bastante”.

 

Além do aspecto econômico, Rosemary comenta sobre o papel da coleta seletiva na preservação ambiental. Em sua colaboração com a equipe da Arca, ela destina uma variedade de materiais recicláveis, incluindo papelão, garrafas PET, latas, vidros e plásticos. 

 

Por conta da diversidade dos materiais, a profissional ressalta a importância de uma conscientização maior por parte da população em relação ao descarte adequado, especialmente quando se trata de materiais potencialmente perigosos para os catadores, como vidros e materiais hospitalares, como agulhas. 

 

“As pessoas podem colocar esses itens em uma caixa, escrever o que são os materiais em um papel e colar na embalagem. Eu já me cortei uma vez, e é perigoso, trabalhamos com muitos produtos que podem infeccionar caso tenha um corte”. 

 

CONFIRA AS ASSOCIAÇÕES E COOPERATIVAS

 

Associação dos Catadores e Recicladores de Uberlândia – ACRU

Endereço: Av. José Andraus Gassani, 510 – Bairro Minas Gerais

Contato: (34) 99650-0797

 

Associação dos Recicladores Boa Esperança – ARBE

Endereço: Rua Monlevade, 1215. Daniel Fonseca

Contato: (34) 99775-0167

 

Associação dos Recicladores e Catadores Autônomos – ARCA

Endereço: Av. Joaquim Ribeiro, 477 esquina com rua Jaime Ribeiro. B. Santa Luzia

Contato: (34) 99681-5774

 

Associação de Catadores de Material Reciclável do Bairro Taiamam – ASSOTAIAMAM

Endereço: Rua Monlevade, 1215 B. Daniel Fonseca

Contato: (34) 99280-0000

 

Cooperativa dos Recicladores de Uberlândia – CORU

Endereço: Rua Maria Abadia,177 B. Jardim Brasília

Contato: (34) 99798-1494

 

Associação Brasileira de Reciclagem e Coleta Seletiva – ABRCS

Endereço: Av. Juscelino Kubitscheck, 253 – Bairro Dona Zulmira

Contato: (34) 99998-2230

 

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