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27/10/2023 às 14h53min - Atualizada em 27/10/2023 às 14h53min

Aplicativo de transporte exclusivo para mulheres entra em operação em Uberlândia; saiba como usar

“Lady Driver” só aceita motoristas e passageiras do público feminino; cidade já conta com 97 motoristas aprovadas para rodar na plataforma

IGOR MARTINS | DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Objetivo do aplicativo é oferecer mais segurança para mulheres nas viagens e impulsionar o empreendedorismo feminino | Foto: Divulgação
Uberlândia agora conta com um aplicativo de transportes totalmente voltado para o público feminino. O “Lady Driver”, plataforma que tem apenas motoristas e passageiras mulheres, entrou em operação na cidade nesta quarta-feira (25). O serviço busca oferecer mais segurança à mulherada nas viagens, bem como impulsionar o empreendedorismo feminino.

O aplicativo surgiu no Brasil em 2017, em São Paulo (SP). Atualmente, o Lady Driver tem mais de 5 milhões de chamadas de passageiras e 1,5 milhão de downloads em mais de 80 cidades licenciadas. Com dois dias de operação em Uberlândia, a plataforma já conta com 97 motoristas aprovadas para rodar pelo aplicativo nas vias do município.

Segundo a coordenadora de divulgação da plataforma, Maria Tereza Cardoso Rocha, o Lady Driver chega com um propósito de unir ainda mais as mulheres, trazendo confiança, segurança e a liberdade de prestação de serviços de deslocamento com conforto e tranquilidade para todas as partes.

Em entrevista cedida ao Diário, Maria Tereza disse que a plataforma fará divulgações pela cidade, com o objetivo de aumentar o número de passageiras e também de motoristas. De acordo com ela, a expectativa é de que o aplicativo tenha de 300 a 400 profissionais cadastradas durante seu amplo funcionamento.


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KIDDOS E LADY CARE
Além das viagens especiais para mulheres, o aplicativo conta com um serviço destinado ao transporte de crianças e adolescentes. Conforme relatado pela coordenadora de divulgação, o “Kiddos” capacita suas profissionais para atender também o público mais jovem, entre 8 e 16 anos.

O Lady Driver também tem o “Lady Care”, destinado ao público idoso, acima de 65 anos. Nos dois casos, a plataforma trabalha com o público masculino, mas Maria Tereza esclarece que quem faz as chamadas e acionamentos são sempre as titulares da conta, para manter a segurança das duas partes.

“A mulher vai entrar no aplicativo com o seu cadastro e vai cadastrar os filhos também, além do pai ou mãe com mais de 65 anos de idade. É importante ressaltar que é apenas a mãe que faz a solicitação das corridas. As motoristas cadastradas podem optar ou não por fazer esse atendimento a este tipo de público, não é algo obrigatório”, explicou.

EXIGÊNCIAS
Maria Tereza esclarece que para trabalhar com a Lady Driver, é preciso seguir algumas exigências da plataforma. Uma delas é ter um veículo com até 15 anos de fabricação e ter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) com a sigla Exerce Atividade Remunerada (EAR). O documento é obrigatório para quem exerce atividade profissional remunerada no transporte de passageiros, seja por aplicativos, ônibus, táxi, dentre outros.

Ela explica ainda que a plataforma tem um sistema de segurança associado ao Cadastro de Pessoa Física (CPF). Isso significa que um homem que tentar se cadastrar no Lady Driver terá seu nome barrado após a análise do aplicativo. Isso vale tanto para a parte de motoristas como de passageiros.

“A pessoa baixa o aplicativo e efetua o cadastro. Para efetuar esse cadastro, é preciso anexar a foto da CNH com o EAR. Tem que ter o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV). É através do CPF que a gente puxa antecedentes criminais e se a pessoa cadastrada é realmente uma mulher”, disse Maria Tereza.

MOTORISTA APROVADA
A uberlandense Bhyanca Riza é uma das motoristas já cadastradas na Lady Driver. Ela, que trabalha com viagens de aplicativo há aproximadamente um ano, começou a trabalhar na nova plataforma no dia do lançamento na cidade.

De acordo com Bhyanca, uma plataforma de transportes exclusivo para mulheres era um desejo antigo de muitas passageiras da cidade. Desde quarta, ela afirmou que o aplicativo teve uma boa procura de corridas. A ideia é seguir divulgando para abranger um público cada vez maior.

“Em aplicativos anteriores, as passageiras entravam dentro do carro e perguntavam porque elas não podiam escolher a motorista. Os motoristas podiam escolher os passageiros, e não o contrário. Assim que lançou a plataforma já fiquei online e teve uma procura bacana. A primeira mulher que atendi adorou o serviço”, disse.

Questionada sobre as vantagens econômicas devido ao fato de trabalhar com um público menor, Bhyanca Riza disse acreditar que Uberlândia tem mercado para tornar o aplicativo atrativo para as motoristas. A partir de agora, ela espera focar no aplicativo para ter mais segurança e comodidade durante sua jornada de trabalho.

“Agora, eu sei que vou trabalhar exatamente com mulheres, crianças ou idosos. É uma segurança de poder ir até o local e fazer o transporte sem nenhum risco para mim e para ela. É isso o que mais pesa na questão da Lady Driver. Eu prezo pela minha segurança. Sempre escuto relato de passageiras que já sofreram problemas com motoristas homens, incluindo até mesmo assédio”, relatou a motorista.


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