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19/08/2023 às 10h00min - Atualizada em 19/08/2023 às 10h00min

Cosplays de Uberlândia relatam paixão e histórias por trás das fantasias

Diário conversou com personagens da cidade que se preparam para concurso realizado neste fim de semana

IGOR MARTINS | DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Para eles, simplesmente vestir uma fantasia do herói ou personagem favorito não é o suficiente. É preciso incorporar todo o mundo mágico em volta, sair da vida real e de fato interpretar o papel daquela figura, seja de um jogo de videogame, de um filme ou de um anime. Essa é a cultura do cosplay, que tem conquistado cada vez mais adeptos e unido amantes da prática em Uberlândia.

O termo cosplay é a junção das palavras “cos”, que vem do inglês “costume”, e de “play”, que significa interpretar ou brincar. A partir disso, o significado é interpretar uma fantasia. O termo foi inventado durante um evento de cultura pop realizado em 1984, em Los Angeles. Depois, a atividade se popularizou pelo mundo todo.

Foi em 2011 que a uberlandense Sthefani Baesse descobriu o universo cosplay. Na época, com aproximadamente 14 anos, ela fazia parte de um fã-clube da saga “Crepúsculo”. Na estreia de um dos filmes da franquia, ela foi fantasiada de Bella Swan, personagem principal do longa-metragem. A partir disso, tomou gosto e segue se fantasiando até hoje.

Em entrevista ao Diário, Sthefani, hoje com 26 anos, contou sobre a preparação para mais uma competição de cosplays em Uberlândia, que acontece neste fim de semana. A Convenção de Animês e Tokusatsus de Uberlândia (Catsu) ocorre neste sábado (19) e domingo (20) para celebrar os 15 anos como o maior evento de cultura pop de Minas Gerais.

Dentre as principais atrações do evento, estão competições de videogame, eSports, experiências de realidade virtual, desenho, jogos de tabuleiro e KPop. O que chama a atenção de Sthefani é o concurso de cosplays. Para a edição de 2023, ela participa com dois personagens diferentes: Katarina, do jogo League of Legends, e Cruella de Vil, a vilã do filme 101 Dálmatas. 

“Eu comecei a ir na Catsu quando o evento ainda era muito pequeno, era um dos únicos se não o único evento de cultura pop da região. As expectativas para este ano estão muito altas. Estou sem ir desde a pandemia. Vai ser muito legal rever os amigos e as pessoas de Uberlândia. Foi lá e através do cosplay que eu fiz muitas amizades”, disse.

Estudante de Relações Internacionais, Sthefani conta ainda que o cosplay começou como um hobby na sua adolescência, mas hoje é uma profissão. Frequentemente ela faz parte de eventos voltados para a atividade e consegue “pagar os boletos”, como ela mesmo diz. Para isso, foi preciso muito tempo de dedicação e estudo na área.

“Todo cosplay é uma fantasia, mas nem toda fantasia é um cosplay. À medida que você se dispõe a fazer um cosplay, você precisa estudar o personagem, os trejeitos, a forma com que ele fala, a forma com que ele interage com o público. É muito importante, porque o cosplay passa o limite da fantasia”, comentou Sthefani.


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PAIXÃO DESDE CRIANÇA
Estudante de psicologia, Ana Luiza Amui teve o primeiro contato com o mundo dos cosplays quando tinha apenas nove anos, durante um evento da Catsu. Apesar de os pais não entenderem muito sobre a cultura pop e japonesa, a uberlandense de 21 anos conta que eles foram fundamentais para que sua principal paixão fosse hoje uma forma de trabalho.

Atualmente, Ana Luiza trabalha com costura e produz as próprias fantasias de cosplay. Os personagens que ela mais gosta de fazer são a Princesa Peach, da franquia Super Mario, a princesa Elsa, do filme Frozen, e também a heroína Ahri, do jogo League of Legends. No fim de semana, ela também vai participar do concurso no evento de Uberlândia.

“Cosplay é o que eu mais gosto de fazer. Eu já fiz cosplay em outros eventos de São Paulo, em Uberaba. A expectativa é muito grande, vou começar a apresentar performances na Catsu, que é um dos meus sonhos. Eu sempre fui louca em apresentar. Estou investindo muito em uma boa apresentação”, conta.

PRIMEIRA COMPETIÇÃO
A mineira Maria Eduarda Gonçalves, de 20 anos, vai participar de um concurso de cosplay pela primeira vez neste fim de semana, na Catsu. A paixão pela atividade começou justamente na convenção, em 2016. Desde então, ela tem se dedicado diariamente ao estudo da prática, incluindo os materiais e as técnicas por trás das fantasias.

Natural de Vazante (MG), ela veio para Uberlândia em 2011. Foi aqui que ela fez as amizades e descobriu mais sobre a cultura japonesa e a cultura pop. Em sua cidade natal, ela não chegou a ter contato com cosplays, mas tomou gosto em sua adolescência. Dentre os principais personagens que ela faz, estão Mafuyu, do anime Given, e C.C, também do anime Code Geass.

“Eu vou competir pela primeira vez na Catsu, então não tenho grandes expectativas justamente por ser a primeira vez. Quero ver como é a experiência. Fazer cosplay é algo que eu gosto, é uma forma de eu me conectar com o personagem e fazer outras pessoas se conectarem com elas também. Vou de Barbara Pegg, do jogo Genshin Impact”, revelou.

SERVIÇO
O QUE: Catsu 2023
QUANDO: 19 e 20 de agosto, das 10h às 19h
ONDE: Castelli Eventos (avenida Lidormira Borges do Nascimento, 6000, Shopping Park)
INGRESSOS: a partir de R$ 50, à venda no site Ingresso Live 


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