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10/08/2023 às 09h25min - Atualizada em 10/08/2023 às 09h25min

Vistoria aponta urgência na instalação de novos radares na BR-365, próximo à ponte do Rio Araguari

PRF avalia necessidade de cinco medidores de velocidade entre os KMs 590 e 600

KAUÊ ALTRÃO I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Acidentes graves já foram registrados no trecho, como também sobre a ponte I Foto: VIA DRONES
Uma vistoria realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) nesta terça-feira (8) constatou a necessidade da implementação de cinco radares de velocidade próximo à ponte do Rio Araguari, na BR-365, entre os KMs 590 e 600, no trecho que interliga Uberlândia a Patrocínio. O local já foi palco de diversos acidentes com vítimas fatais nos últimos anos.
 
Em entrevista ao Diário, o procurador do Ministério Público de Uberlândia (MPF), Cleber Eustáquio, comentou sobre as ações necessárias visando a segurança dos condutores que trafegam pelo trecho.

 
“Já tem um ano que uma ação foi ajuizada para tratar a questão e até hoje nada foi feito. É um local próximo à curva do Rio Araguari e que, atualmente, conta somente com um radar. Ele pega os motoristas de ‘surpresa’, a diminuição repentina de velocidade acaba contribuindo para com engavetamentos e até acidentes, do jeito que tudo está”, argumentou o procurador.
 
Segundo Cléber Eustáquio, a avaliação feita no local apontou a necessidade de equipamentos de monitoramento, tanto na parte que antecede, como após o trecho – de forma que a redução de velocidade não ocorra subitamente e de frente com a ponte, mas a uma distância segura do local. Além disso, também foi constatada a necessidade de um alargamento da ponte e readequações do trevo de acesso à Usina de Miranda.


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Após a oficialização das mudanças, segundo o procurador, uma reunião será marcada para o dia 21 de agosto com a União, o DNIT e a concessionária EPR Triângulo (que assumiu a administração do trecho em março deste ano) visitando discutir a implementação das modificações. Caso um acordo não seja feito, pelo menos, espera-se que “haja uma liminar, para que a concessionária realize uma ação direta e coloque os radares indicados”.
 
Os novos radares propostos devem ser implementados ou recolocados nas seguintes posições:
  • BR-365 km 591, sentido crescente, local no qual existia um equipamento instalado;
  • BR-365 km 592, sentido crescente, no trevo de acesso a Usina Hidrelétrica de Miranda;
  • BR-365 km 596,3, sentido decrescente, junto a entrada da ponte, onde existia um equipamento instalado;
  • BR-365 km 597,2, sentido decrescente;
  • BR-365 km 599,3, sentido decrescente.
 
AÇÃO CIVIL
Em junho de 2022, o procurador do Ministério Público Federal já havia movido uma ação civil contra o contra o DNIT, o Governo Federal e o Estado de Minas Gerais. No documento, o procurador alegava uma omissão dos órgãos em relação às fiscalizações de velocidade e adequações próximo à ponte sobre o Rio Araguari, na BR-365.
 
Ainda de acordo com o MPF, a falta de instalação de radares complementares no trecho próximo à ponte, além dos que já estavam em funcionamento, também vinha causando riscos aos motoristas que transitam diariamente pela região. A ação, protocolada na 1ª Vara Federal Cível e Criminal de Uberlândia, solicitava uma indenização de R$ 50 milhões a cada um dos citados por dano moral coletivo.
 
Na época, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) disse que a existência desses equipamentos, no local em que eles estavam instalados, a apenas dois metros de distância um do outro, era desnecessária. Além da proximidade entre os radares, outra alegação foi a visibilidade considerável proporcionada pela reta (ponte) que antecede um longo trecho em aclive. De modo a sanar o problema, a PRF sugeriu o remanejamento dos equipamentos de fiscalização de velocidade para outros dois pontos específicos, que poderiam contribuir para um controle mais efetivo.
 
Porém, quando o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) foi notificado em relação ao mau funcionamento dos radares, com base em um ‘Estudo de Criticidade’ – alegou que os radares já instalados próximo à ponte do Rio Araguari contribuíam para a segurança no local e que também não seria possível a instalação de mais medidores – conforme foi recomendado pela PRF.
 
O procurador Cléber Eustáquio reiterou a necessidade dos medidores no local, destacando que novos acidentes ocorreram nas proximidades do trecho, inclusive com fatalidades. Segundo Cléber, até então, nada foi feito para resolver a questão.
 
Por meio de nota, a EPR Triângulo, concessionária que administra o trecho, informou que está acompanhando os desdobramentos da ação civil pública solicitando medidas de segurança na ponte do Rio Araguari. A empresa disse que acompanhou a vistoria realizada pela Polícia Rodoviária Federal no local e reforçou que está atuando nos trabalhos iniciais nas rodovias concedidas e que não tem medido esforços para garantir o conforto e segurança dos usuários.

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