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16/05/2023 às 12h20min - Atualizada em 16/05/2023 às 12h20min

Pai e filho são presos em Uberlândia após aplicarem golpes de estelionato em Santa Catarina

"Operação Contractus" foi desencadeada na manhã desta terça-feira (16), com o cumprimento de mandados de busca e apreensão na cidade

IGOR MARTINS I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Polícia apreendeu documentos falsos, cartões, notebooks e celulares usados para cometer os golpes I Foto: Igor Martins/Diário de Uberlândia

Dois integrantes de uma organização criminosa foram presos na manhã desta terça-feira (16), durante a "Operação Contractus", desencadeada pela Polícia Civil (PC) de Minas Gerais e de Santa Catarina. Segundo as investigações, os envolvidos são pai e filho, possuem 58 e 33 anos, respectivamente, e atuavam em Uberlândia cometendo golpes de estelionato e patrimoniais contra vítimas no sul do país. Eles poderão responder pelos crimes de uso de documento falso, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, associação criminosa, falsificação de documentos públicos e particulares, crimes contra a economia, dentre outros.

Além da prisão dos envolvidos, a Polícia Civil também cumpriu quatro mandados de busca e apreensão na cidade. Entre os itens apreendidos, estão seis notebooks, oito celulares, máquinas de cartão, cartões de crédito e outros documentos que a organização utilizava para cometer os crimes. De acordo com o delegado-chefe da Polícia Civil de Uberlândia, Marcos Tadeu de Brito Brandão, as investigações duraram mais de um ano.

"As investigações culminaram nessa primeira etapa hoje em Uberlândia, quando quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos de forma simultânea pelas equipes, tanto da Polícia Civil de Minas quanto a Polícia Civil de Santa Catarina. É mais uma demonstração da força, da união e da importância de investigações realizadas pelas polícias brasileiras", disse.

O delegado da Polícia Civil de Santa Catarina, Rodrigo Bueno Gusso, também esteve em Uberlândia para acompanhar o andamento da operação. Em entrevista cedida à imprensa nesta manhã, o policial explicou que a organização criminosa utilizava documentos falsos para a abertura de crédito em instituições bancárias, com o objetivo de liberar um financiamento.

Com base no financiamento, a quadrilha adquiria veículos em Santa Catarina usando a documentação falsa. Segundo ele, já são 10 vítimas contabilizadas até o momento, em cidades como Joinville e Florianópolis, em sua maioria empresas de concessionárias de veículos. A expectativa é de que o número de pessoas afetadas seja ainda maior.

 

"Hoje nós temos um facilitador que você pode abrir contas em banco de forma virtual, atrás do computador ou do celular. Essas compras e vendas de veículos também são feitas de forma virtual. Esse modus operandi era utilizado pela quadrilha para obtenção de vantagem ilícita. Aqui, nós conseguimos apreender nessa madrugada vários computadores, aparelhos celulares, documentos falsos. Tudo isso será submetido à perícia para servir de material probatório para uma ação penal que vai se iniciar em Santa Catarina. A maioria [das vítimas] eram concessionárias. Temos que considerar como vítimas também os sócios que constam nos contratos sociais como vítimas, assim como as instituições bancárias que liberaram esses financiamentos bancários fraudulentamente", explicou Gusso.


Ainda de acordo com o delegado, um dos envolvidos foi autuado em flagrante e outro foi conduzido. A dupla já foi indiciada e interrogada. A Polícia Civil ainda trabalha com a possibilidade de outras pessoas estarem envolvidas no esquema criminoso.


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