Ítallo já se mudou para os Estados Unidos com os pais e o irmão mais novo | Foto: Arquivo PessoalAos 18 anos, o estudante uberlandense Ítallo Andrade se prepara para dar início a um curso superior de marketing nos Estados Unidos. Após muita dedicação, o jovem foi aceito em nove universidades do país americano e, em setembro, começará o projeto de graduação na University of South Florida (USF), em Tampa.
“Tudo começou quando eu tinha 14 anos e decidi que gostaria de estudar fora. Dediquei mais ao meu inglês e no final foram sete anos de curso. Durante esse período, decidi aprender espanhol também e me graduei junto com o inglês”, contou.
Segundo Ítallo, passar em uma universidade americana não é fácil. Não basta apenas se matricular, precisa passar por um criterioso processo de seleção. “A aceitação em uma universidade americana depende de diversos fatores, como notas do Ensino Médio, cartas de recomendação, atividades extracurriculares, teste padronizado - SAT (que se assemelha ao ENEM), teste de proficiência, honors e redações específicas para cada instituição”, explicou Ítallo.
Para poder alcançar os critérios necessários, Ítallo investiu boa parte do seu tempo nos estudos e, com isso, conseguiu boas notas no colégio.
“Me dediquei para isso nos últimos 4 anos. Dei o meu máximo na escola para que meu histórico fosse bom, já que isso tem bastante peso no processo de avaliação das aplicações. Formei com uma média de 95.7 e estive no top 20 dos alunos da minha escola”.
Tanto esforço deu resultado. Além da University of South Florida (USF), instituição que escolheu para começar a graduação, Itallo foi aceito em outras oito universidades americanas: Bentley University, Florida Atlantic University, Florida State University, Hult International Business School, Temple University, University of Florida, University of North Florida, University of Tampa.
“Tudo isso valeu a pena. No final das contas, fui aceito em nove universidades, sendo que algumas fui convidado para o programa de honra, que é para alunos que se destacaram na aplicação, e algumas recebi bolsas também".
E a escolha pela USF se deu pela proposta apresentada, além de poder morar perto dos pais, que ficarão em Orlando, cerca de 130 km de distância. Uma das exigências da universidade é que, no primeiro ano, o estudante fique alojado no campus.
“Entre os aspectos que me atraíram foi, principalmente, pela proximidade com meus pais, porque é muito perto e qualquer coisa que precisar eles podem me auxiliar. Além de ser uma ótima universidade. Fiquei apaixonado pelo campus, tem quase 48 mil estudantes. É super bem qualificada no ranking. Ganhei uma bolsa, ainda fui convidado para o programa de honra, que tem um tratamento diferenciado, com professores especializados, dormitório e aulas somente com alunos do programa”, contou.
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O ingresso do jovem na universidade acabou motivando a mudança de toda a família, que seguiu para os Estados Unidos há 40 dias. “Também era uma intenção nossa. A gente queria muito morar aqui. Desde os 9 anos a gente o preparava pra ele ter uma experiência fora. A gente entende que aqui ele estará exposto a diversas culturas, o que agrega como profissional. Se é a vontade dele retornar ao Brasil, ele volta com uma bagagem enriquecedora. A gente decidiu vir com ele, com green card ficou mais fácil”, contou a mãe, Patrícia Andrade.
O irmão de Ítallo, Talles, de 12 anos, também foi para os Estados Unidos e fará o high school lá, o que facilita o ingresso em uma universidade americana. “Ela pulará alguns processos que o Ítallo precisou passar, pois aqui já é direcionado para isso”, contou Patrícia.
E o jovem acabou sendo a inspiração para amigos, colegas e primos, que sempre acharam isso muito distante. “A melhor dica é se planejar. Conheço algumas pessoas que começaram a pensar nisso agora e é um processo longo. Se você já sabe que você quer morar fora, começa o quanto anos. desde o 9º ano adiantei muito isso”, reforçou o universitário.
