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05/04/2023 às 17h30min - Atualizada em 05/04/2023 às 17h30min

Uberlândia registra mais de 400 desaparecimentos em 2022; saiba como prevenir e denunciar acontecimentos

Desde 2019, cidade vem registrando média de uma ocorrência desta natureza a cada 24h

SÍLVIO AZEVEDO | DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Maioria é composta por homens e tem um perfil com idade entre 35 e 59 anos | Foto: Agência Brasil
Uberlândia contabilizou, somente no ano passado, mais de 400 registros de pessoas desaparecidas. O levantamento, feito pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (SEJUSP-MG), revela que a cidade vem registrando, nos últimos quatro anos, uma média de um desaparecimento a cada 24h. De 2019 até os dois primeiros meses de 2023, o município acumula 1.803 ocorrências desta natureza.  

Ainda de acordo com os dados, reunidos pelo Observatório de Segurança Pública, da Sejusp, os números percebidos em 2022 (411 registros) são similares a 2021, ano em que 412 boletins de ocorrência foram contabilizados no município informando desaparecimentos. Em 2019, foram 519 e, em 2020, 409. Já em 2023, somente nos dois primeiros meses, foram computadas 52 denúncias de desaparecimento, 15 a menos do que o percebido no mesmo período do ano passado (67). 


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PERFIL DOS DESAPARECIDOS
O levantamento da Sejusp revela ainda que grande parte das pessoas desaparecidas tem um perfil com idade entre 35 e 59 anos. De 2019 até agora, do total de 1.803 registros, 550 estão relacionados a esta faixa etária.  

Os menores de 18 anos aparecem na sequência, com 465 ocorrências. Os homens são maioria (1.214). O restante, 589, são desaparecimentos envolvendo mulheres. Em relação ao perfil das 52 pessoas desaparecidas nos dois primeiros meses de 2023, a maioria é composta por homens (32). A faixa etária predominante segue sendo a de 35 a 59 anos (19 registros). 

LOCALIZADOS:
A Polícia Civil disponibilizou informações a respeito de pessoas que foram localizadas em Uberlândia, entre 2021 e os dois primeiros meses de 2023. Dos 411 desaparecidos em 2022, 240 foram encontrados. Já em 2021, a proporção foi de 218 localizados em relação aos 412 desaparecidos. Já em 2023, dos 52 desparecidos, 39 foram encontrados.

O QUE FAZER?
Em entrevista ao Diário, o delegado-chefe da Polícia Civil em Uberlândia, Marcos Tadeu de Brito, orienta que, em casos de desaparecimento, é importante não demorar para registrar o fato junto às autoridades.

“Temos que combater o folclore de esperar 24h para registrar um desaparecimento. Descrever as roupas que estavam, se tiver fotos recentes, melhor ainda. Aí é feito um levantamento de onde ela teria passado. Um trabalho efetivamente de rua”, esclarece o delegado.

Marcos Tadeu explica ainda que, nos casos registrados, é necessário que o familiar, ou responsável, autorize, também, a inserção do nome e da foto da pessoa no Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas. “Mas também é importante que as pessoas façam a divulgação em suas redes sociais, desde que com responsabilidade”.

O delegado reforçou que, em casos em que a pessoa é localizada, é necessário fazer a comunicação aos órgãos de segurança. “É importantíssimo quando a pessoa é localizada, imediatamente procurar o local onde fez o cadastro de desaparecimento e, comunicar, de preferência quem fez o registro, para dar baixa”.

DENÚNCIA
Para denunciar o desaparecimento de uma pessoa, basta comparecer a um posto da Polícia Militar ou procurar a Delegacia Virtual, através do site ou pelo Aplicativo MG-APP, disponível em todas as lojas de apps.

ORIENTAÇÕES
Para evitar ocorrências de desaparecimento de pessoas, existem algumas dicas que podem ajudar pais e familiares de crianças, adolescentes e idosos.

Em relação às crianças, é importante não deixa-las sem acompanhamento direto de um adulto, ainda que seja em local próximo à residência, além de orienta-las a não conversarem com estranhos nem aceitarem presentes de pessoas desconhecidas. Outra dica é monitorar aparelhos como celulares, computadores, tablets.

Já em relação aos adolescentes, alguns desaparecimentos podem estar relacionados a conflitos familiares e, com isso, é importante sempre manter diálogo aberto, inclusive sobre assuntos normalmente tratados como tabu, tais como sexualidade, drogas, álcool, além de ficar atento a qualquer mudança incomum de comportamento ou atitude.

Para os idosos, caso haja alguma condição que afete a memória, evitar deixá-lo sair sozinho, insistir que guarde, sempre consigo, um documento e anotação com endereço e telefone de algum familiar ou responsável.

Nos casos em que o idoso tenha perda de memória mais severa, é aconselhável providenciar uma pulseira, ou outra forma de identificação contendo seu nome e o telefone de algum familiar para contato. 



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