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20/02/2023 às 12h00min - Atualizada em 20/02/2023 às 12h00min

Região de Uberlândia registra maior volume de exportações dos últimos 25 anos

Dados do IERI/UFU mostram crescimento de 54% da receita gerada a partir do envio de produtos ao exterior em relação a 2021

SÍLVIO AZEVEDO I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Soja segue sendo um dos principais produtos exportados na região I Foto: ARQUIVO/PMU
A Região Intermediária de Uberlândia, composta por 24 municípios, registrou em 2022 a maior receita e o maior volume de exportações dos últimos 25 anos. De acordo com o boletim divulgado pelo Instituto de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal de Uberlândia (Ieri/UFU), 3,39 milhões de toneladas de produtos foram enviados para fora do país somente no ano passado, o maior montante desde o ano de 1997.

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Em relação a 2021, a alta do volume exportado chega a 26,5%. O valor em exportações foi de R$ 2,94 bilhões, cerca de 54% a mais do que o registrado no ano passado. Os dados são do Boletim de Comércio Exterior da Região Intermediária de Uberlândia (RGInt), desenvolvido pelo Ieri/UFU.
 
Entre as cidades da região intermediária, Uberlândia foi a principal exportadora, responsável por US$ 1,17 bilhão, o que equivale a 39% do valor. Araguari aparece na sequência com US$ 969,55 milhões em exportação, ou 32%, e Ituiutaba, US$ 453,47 milhões, cerca de 15%. Juntos, os três municípios foram responsáveis por R$ 88,% dos negócios.
 
Entre os produtos que foram determinantes, estão a soja, carne bovina e pasta química de madeira. “O volume na venda de soja subiu e se deve as melhores condições climáticas da região, além da queda das exportações dos EUA, o maior concorrente do Brasil. Na questão da carne, o consumo interno está menor, por causa da inflação interna e, com isso, incentiva a exportação. Já pasta química de madeira, é uma nova fabrica entre Indianópolis e Araguari, e foi o 5º produto mais exportado do ano, e possivelmente, deverá subir no ranking ao final de 2023”, explicou o economista Henrique Ferreira de Souza.
 
Na relação dos principais destinos dos produtos brasileiros está a China, que representa 64,1% dos negócios, por causa do mercado da soja. E, de acordo com o economista da UFU, a expectativa para 2023 é de que o grão, assim como outros produtos, tenham resultados ainda melhores.
 
“Esperamos que haja um aumento da soja, carne bovina e pasta química de madeira. A expectativa da safra de soja é maior e a China, umas das principais compradores, está recuperando a economia. A pasta química de madeira começou a ser exportada no meio do ano passado. Então para 2023, o índice será maior”.
 
Os principais destinos dos produtos da região são China (64,1%), Alemanha (3,03%), Chile (2,69%), Irã (2,64%) e os Países Baixos (2,49%).
 
Além de Uberlândia, compõem a região intermediária os municípios de Cachoeira Dourada, Capinópolis, Gurinhatã, Ipiaçu, Ituiutaba, Santa Vitória, Abadia dos Dourados, Douradoquara, Estrela do Sul, Grupiara, Iraí de Minas, Monte Carmelo, Romaria, Araguari, Araporã, Campina Verde, Canápolis, Cascalho Rico, Centralina, Indianópolis, Monte Alegre de Minas, Prata e Tupaciguara.
 
IMPORTAÇÔES
Os índices de importações também foram maiores na região intermediária de Uberlândia em 2022. Foram US$ 815,27 milhões em produtos importados diretamente do exterior, índice 43% maior do que em 2021. Dos municípios com o maior valor em importação, Araguari lidera a lista, com US$ 404 milhões, seguido por Uberlândia, US$ 314 milhões, e Indianópolis, US$ 90 milhões.
 
Os principais países importadores para os municípios da região são Rússia (32,89%), Paraguai (14,71%), China (11,73%), Estados Unidos (5,99%) e Suécia (4,61%). Já em quantidade, a região importou 788,47 mil toneladas, 8,14% superior a 2021, principalmente de insumos, utilizados nas produções das empresas e do agronegócio.
 
“Os que mais representaram aumento de preços de fertilizantes, por causa da guerra na Ucrânia, pois Ucrânia e Rússia são os principais produtores. A incerteza fez com que produtores importassem mais fertilizantes para garantir estoque diante do cenário”, explicou Henrique.
 
Araguari liderou, também, entre as cidades com o maior volume de importação, com 612,6 mil ton, enquanto Uberlândia ficou com 151,8 mil toneladas e Indianópolis, com 16 mil ton.

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