Diário de Uberlândia | jornal impresso e online Publicidade 1140x90
08/02/2023 às 09h50min - Atualizada em 08/02/2023 às 09h50min

Integrante do PCC, em Uberlândia, é condenado a 36 anos de prisão

Leandro Tomaz da Silva vai responder pelos crimes de tráfico, lavagem de capitais e organização criminosa; a esposa dele também foi condenada

REDAÇÃO I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
"Mastiga" e Darlene foram presos durante operação do Gaeco em 2020 I Foto: ARQUIVO DIÁRIO

A 4ª Vara Criminal de Uberlândia condenou Leandro Tomaz da Silva, conhecido como "Mastiga", a 36 anos de prisão. Ele foi preso durante uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrada em novembro de 2020. O réu foi denunciado à Justiça pelo Ministério Público Estadual (MPE) pelos crimes de organização criminosa, tráfico ilícito de entorpecentes, associação para o tráfico e lavagem de capitais.

• Compartilhe esta notícia no WhatsApp
• Compartilhe esta notícia no Telegram

A esposa de Mastiga, Darlene Fagundes Duarte, também foi condenada a 12 anos de reclusão e responde pelos mesmos crimes de Silva. Após as investigações do Gaeco e pelas Polícias Civil e Militar, apurou-se que o condenado integrava o Primeiro Comando da Capital (PCC) e exercia função relevante na facção criminosa, dando apoio em assuntos que abrangiam os estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Já Darlene agia embaraçando as investigações de infrações penais que envolviam a facção. Além disso, as investigações apontaram que os réus traficavam drogas dentro da própria casa, localizada no bairro Tocantins, em Uberlândia. Eles se associavam a outras pessoas, incluindo menores de idade, que vendiam os entorpecentes e faziam a vigia das imediações para evitar possíveis abordagens da Polícia.

Dentro da casa do casal, em cumprimento de mandado de busca e apreensão, foram localizados mais de R$ 100 mil espalhados em vários fundos falsos e objetos usados para o preparo de drogas. No caso da prática de crimes de lavagem de capitais, foi apurado que os condenados dissimularam a utilização dos valores provenientes do tráfico, convvertendo em ativos lícitos. Mastiga e Darlene compravam imóveis e veículos na tentativa de mascarar a origem ilícita do dinheiro. Leandro Tomaz da Silva, inclusive, mantinha vínculo empregatício formal com uma empresa mecânica, mas nunca foi encontrado no local. Já Darlene constituía uma empresa individual, cuja sede era situada no endereço do casal, mas se tratava de dissimulação. 

Além da condenação, a Justiça também decretou o perdimento em favor da União dos valores apreendidos no cumprimento dos mandados de busca e apreensão, avaliados em pouco mais de R$ 159 mil, quatro veículos e uma moto aquática avaliados em R$ 234 mil, um imóvel residencial de aproximadamente R$ 150 mil e mais um imóvel que chegava a custar R$ 200 mil.

O Diário fez contato com a defesa do casal,
 que informou que os dois não irão se pronunciar. Segundo a advogada, a defesa irá recorrer da sentença. Darnele encontra-se em prisão domiciliar e Leandro segue detido no presídio de Patrocínio.


VEJA TAMBÉM:

Gaeco prende integrantes do PCC por participação em ataques a policiais penais


Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Diário de Uberlândia | jornal impresso e online Publicidade 1140x90