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07/02/2023 às 13h35min - Atualizada em 07/02/2023 às 13h35min

Mulher que capotou carro e caiu no Uberabinha morreu por traumatismo craniano, sem indícios de crime, conclui Polícia Civil

Tatiane de Oliveira, de 41 anos, foi encontrada uma semana após o acidente; perícia disse que não houve afogamento ou participação de terceiros

IGOR MARTINS I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Tatiane, de 41 anos, foi encontrada uma semana após o acidente, no Uberabinha I Foto: REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS

A Polícia Civil (PC) de Uberlândia informou, nesta terça (7),  que concluiu o inquérito instaurado para apurar as circunstâncias da morte de Tatiane de Oliveira Matos, de 41 anos. O carro dela caiu no Rio Uberabinha, no dia 16 de janeiro. A vítima só foi encontrada uma semana depois. Segundo o relatório final da perícia, a vítima morreu devido a um traumatismo craniano, ocasionado pelo impacto do capotamento do veículo.

Em coletiva de imprensa realizada na 9ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp), o delegado-chefe da PC, Marcos Tadeu de Brito Brandão, confirmou que o caso foi um acidente trágico, não havendo qualquer relação com feminicídio.


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Desde o desaparecimento de Tatiane, a Polícia Civil realizou diversas oitivas com familiares e amigos da vítima. A narração dos fatos levou à conclusão do caso. De acordo com Marcos Tadeu, Tatiane trafegava em alta velocidade pela avenida Getúlio Vargas no momento do acidente. Ela perdeu o controle do carro e capotou o veículo às margens do Rio Uberabinha. A motorista não utilizava cinto de segurança, o que fez com que o corpo dela fosse ejetado para fora do automóvel.

 

"Ela não usava cinto de segurança e trafegava em alta velocidade, um dos pneus estava completamente careca, sem condições de ser utilizado. Os indícios coletados pela perícia e pelo Corpo de Bombeiros demonstram que ela estava em alta velocidade. A grande pergunta foi como o corpo dela saiu do carro. Através dos exames [foi constatado] que ela não estava usando o cinto. Ela bateu com a cabeça no interior do veículo e foi expulsa para fora. Tivemos um triste e lamentável acidente sem qualquer participação de terceiros", revelou o delegado. 


Ainda segundo Brandão, algumas narrativas que constam nos autos investigativos apontam que Tatiane de Oliveira Matos havia comentado sobre as condições do carro antes do acidente. "Ela teria dito que o carro estava acelerando sozinho. Temos oitivas de que ela gostava de correr, tudo isso demonstra que, dentro do conjunto probatório, ela estava em alta velocidade", disse.

Por fim, o delegado-chefe da PC descartou a morte por afogamento. Além disso, não há elementos que comprovem que a vítima estava sob influência de álcool no dia do acidente. "Não temos condições de determinar se ela fez a ingestão disso ou aquilo. O afogamento está descartado. Além do traumatismo, não foi encontrada água nas vias aéreas e no estômago, que é um exemplo claro de afogamento. Ela não aspirou água, então não há o que se falar de afogamento. O trauma que ela recebeu na cabeça foi o que levou ela à morte", concluiu Marcos Tadeu.


RELEMBRE O CASO





O caso ganhou repercussão após um veículo ser encontrado parcialmente submerso no Rio Uberabinha no dia 16 de janeiro. O Corpo de Bombeiros deu início às buscas por Tatiane de Oliveira Matos na mesma data, mas os trabalhos foram concluídos no dia 22, quando o corpo da vítima foi localizado próximo a usina hidroelétrica Martins.

Ao longo das buscas, os militares empenharam diversas equipes para localizar Tatiane, incluindo embarcações que fizeram a subida do rio, buscas terrestres e a utilização de drones para analisar as condições do rio. O corpo da vítima foi sepultado no dia 24 de janeiro, no Cemitério Campo do Bom Pastor.


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