Capital paulista é exemplo de cidade que possui dezenas de ParCães, onde os animais têm espaço para diversão e socialização | Foto: Prefeitura de São PauloUm projeto enviado à Câmara Municipal de Uberlândia visa a criação de espaços recreativos para cães da cidade. Denominados de Recanto de Convivência Animal (ParCão), os locais têm como objetivo proporcionar um local de lazer e convivência de pets e tutores.
Segundo o autor do projeto, o vereador Raphael Leles (UB), a intenção é que os espaços sejam escolhidos pelo poder público e instalados em parceria com a iniciativa privada, atendendo alguns requisitos de espaço e estrutura.
O ParCão, conforme diz a proposta, será cercado para que os cães fiquem soltos. Além disso, terá uma série de regras para entrada e permanência do animal, como o uso de coleiras com identificação do proprietário, a apresentação de certificado de vacinação antirrábica e cinomose. Não será permitida a entrada de fêmeas no cio.
Ainda de acordo com Raphael Leles, o projeto não trará custos aos cofres municipais, uma vez que será executado com a iniciativa privada, que poderá utilizar o espaço para propaganda. O parceiro privado também será responsável por realizar a manutenção dos locais.
“Será um local de lazer e convivência dos animais e dos donos, além de trazer a segurança necessária aos cães, donos e outras pessoas que se incomodam quando se deparam com animais soltos em outras áreas de lazer da cidade”.
O parlamentar ainda afirma que não somente os animais serão beneficiados, mas também os tutores. “Enquanto o animal se socializa, o proprietário tem a mesma oportunidade. Importante destacar que não será construído um parque, mas sim cercando parte de um local já utilizado para o lazer da comunidade, sendo esse local destinado ao ParCão, com brinquedos e equipamentos para o lazer e convivência”.
O projeto se encontra em comissões da Câmara que avaliam a legalidade. Em seguida, ele poderá ser colocado em votação pelos vereadores e, caso aprovado, seguirá para autorização da Prefeitura de Uberlândia.
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TUTORES APROVAM
Os espaços destinados ao lazer dos animais já são realidade em outras cidades do país, como São Paulo, Blumenau (SC), Recife (PE) e Brasília. A ideia também agrada os tutores de cachorros, em Uberlândia.
A jornalista Laura Lucas Fontoura, de 22 anos, é tutora do Apolo, um cachorro de dois anos da raça Golden Retriever, e acredita que o espaço poderá ser muito benéfico.
“Eu acho importante, pois o maior parque que temos hoje na cidade, que é o Parque do Sabiá, não pode entrar cachorro. Apesar da gente se virar, passear, levar o Apolo em tudo que é lugar, cachoeira e trilha, seria ótimo ter um espaço assim”.
Laura reforça que o mais importante é ter um local para que os animais possam se divertir com segurança. “É importante para o bem-estar do cachorro, seguro de que sabemos que vai ficar bem, além da possibilidade de socialização. É bem interessante a criação desses espaços”.
O educador físico Guilherme Cardoso, de 29 anos, também vê com bons olhos a iniciativa, desde que os locais escolhidos sejam descentralizados e de fácil acesso para toda a comunidade. “Acho que é uma proposta boa, desde que seja em bairros acessíveis para a população e que tenha um sério controle. Sendo um ambiente controlado e com animais saudáveis, acho uma ótima ideia”.
Guilherme, é tutor do Anakin, um vira-lata de 10 anos que passeia duas vezes por dia em uma praça do bairro onde mora. Mas, segundo ele, não tem estrutura para que haja essa interação com outros animais com segurança.
“Tenho certeza de que, caso esse projeto saia do papel e se torne realidade, muitas pessoas vão comprar a ideia e os espaços estarão sempre com animais brincando e socializando uns com os outros. Todos saímos ganhando, ele com um espaço controlado e seguro, e nós, tutores, dando qualidade de vida melhor para eles”.
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