A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou, no início da noite desta quinta-feira (26), que dois casos suspeitos de hepatite aguda estão sob investigação em Uberlândia. As notificações tratam-se de duas crianças que foram internadas no município, sendo uma residente em Uberlândia e outra em Araguari.
Uma das crianças tem três anos de idade e estava hospitalizada em uma unidade particular da cidade. Ela foi transferida para o Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HC-USP) nesta quinta (26), conforme informou a Unimed Uberlândia, plano de saúde da família. Não há mais informações sobre a outra criança internada.
A SMS esclareceu ainda que a Vigilância Epidemiológica (Vigep) realizou todos os procedimentos estabelecidos pelo Ministério da Saúde para a notificação das suspeitas. Por se tratar de casos prováveis, cuja causa ainda é desconhecida pela comunidade científica internacional, a Vigep fez a coleta de amostras e encaminhou à Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). A Fundação Ezequiel Dias (Funed), vinculada à pasta estadual, ficará responsável por dar andamento às análises sobre os casos.
O Município reforçou que não há qualquer orientação ou resolução específica para a prevenção de casos de hepatite com origem desconhecida e aguarda novos posicionamentos do Ministério da Saúde e da SES-MG. No entanto, ressaltou que está acompanhando e prestando auxílio aos familiares dos pacientes.
ESTADO
Além dos casos de Uberlândia, outros três estão sendo investigados em Minas Gerais. Segundo a SES-MG, eles foram notificados em Juiz de Fora, São João Del Rei e Belo Horizonte.
O Estado aguarda a entrega de resultado de exames e os casos já foram notificados ao Ministério da Saúde.
SINTOMAS
A hepatite de origem desconhecida está acometendo crianças em, ao menos, 20 países. A doença se manifesta de forma muito severa e não tem relação direta com os vírus conhecidos da enfermidade. Em cerca de 10% dos casos foi necessário realizar o transplante de fígado.
Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas e Caribe, os pacientes da hepatite aguda apresentaram sintomas gastrointestinais, incluindo dor abdominal, diarreia, vômitos, e icterícia (quando a pele e a parte branca dos olhos ficam amareladas). Não houve registro de febre.
O tratamento atual busca aliviar os sintomas e estabilizar o paciente se o caso for grave. As recomendações de tratamento deverão ser aprimoradas, assim que a origem da infecção for determinada.
Os pais devem ficar atentos aos sintomas, como diarreia ou vômito, e aos sinais de icterícia. Nesses casos, deve-se procurar atendimento médico imediatamente.
*Matéria atualizada às 18h50 para acréscimo de informações.
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