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21/05/2022 às 15h00min - Atualizada em 21/05/2022 às 15h00min

Com retomada de eventos, setor hoteleiro de Uberlândia registra crescimento

Empresários do ramo acreditam que 2022 será promissor para a recuperação do faturamento perdido nos últimos dois anos

SÍLVIO AZEVEDO I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Durante dois anos, setor foi afetado em razão da paralisação das atividades presenciais I Foto: Via Drones/Divulgação

O avanço da vacinação da covid-19 e a retomada das atividades econômicas e eventos aqueceu novamente o setor de hotelaria em Uberlândia. Empresários do ramo acreditam que 2022 será promissor para a recuperação do faturamento perdido nos últimos dois anos.

Após um período de dificuldades, em que a taxa de hospedagem caiu para 3%, o Lizz Hotel, que fica próximo ao Parque do Sabiá, voltou a receber uma grande quantidade de hóspedes. Segundo o gerente de contas, Wellingthon Amaral, atualmente, a taxa de ocupação do hotel está em 70%.

Wellingthon atribui o crescimento ao retorno dos eventos corporativos e culturais na cidade. O representante do Lizz Hotel citou a grande procura de hóspedes que vieram para Uberlândia assistir o show do Gusttavo Lima, no último fim de semana. “No fim de semana, com o show do Gusttavo Lima, tivemos 100% da taxa de ocupação, com valor de diária alto”, complementou.

Para continuar recebendo pessoas de todos os cantos do país e oferecer serviço de qualidade, alguns investimentos foram feitos para melhorar o atendimento no hotel. De acordo com o gerente de contas, agora, a unidade conta com academia e sala de reuniões. “As pessoas voltaram a viajar para tratar de negócios na cidade. Voltamos a receber o pessoal do agronegócio e prestadores de serviços”, explicou.

A expectativa é de recuperar o tempo perdido em alguns meses. “O que perdemos nesses dois anos, se a gente trabalhar corretamente, conseguiríamos recuperar em seis a oito meses. É claro que o prejuízo é muito grande. Se formos fazer os cálculos de números exatos, é claro que precisamos de um tempo maior. Mas no geral, em atendimento corporativo, se acontecer da forma que estava antes da pandemia, em seis ou sete meses a gente já consegue cobrir esse prejuízo”, finalizou.

BOAS EXPECTATIVAS
Nos últimos dois anos, a ocupação de quartos no Hotel Marajá chegou a 10%, segundo o proprietário, Pedro Paulo Schwindt. Contudo, o empresário acredita que o setor está voltando para o que era antes da pandemia. “Agora está voltando ao normal. Tínhamos uma demanda reprimida com a não realização dos eventos, mas com o retorno, esse ano será bom”.

Para Pedro Paulo, o público que mais procura acomodações em hotéis de Uberlândia são as pessoas que vão a eventos corporativos ou a trabalho. “Vem muitos técnicos e vendedores acompanhar eventos corporativos e técnicos científicos”, explicou.

O empresário falou ainda que a cidade também recebe técnicos científicos para eventos ou visitas educacionais, mas atualmente a demanda ainda é pequena, já que muitas faculdades e escolas voltaram com as atividades presenciais há pouco tempo. “Com o passar dos meses, acreditamos que essa demanda possa crescer novamente”, concluiu.

TURISMO NO BRASIL
O setor de turismo segue exibindo sinais de consolidação em sua retomada gradual. Dados da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada no dia 12 de maio pelo Governo Federal, por meio do Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), revelam que o Índice de Atividades Turísticas registrou um aumento de 75,6% em março deste ano, se comparado com o mesmo período de 2021.

O resultado foi impulsionado, principalmente, pelo aumento nas receitas de empresas dos ramos de transporte aéreo, restaurantes, hotéis, rodoviário coletivo de passageiros, locação de automóveis e serviços de bufê. Segundo o IBGE, houve avanços em todas as 12 unidades da Federação analisadas, com destaque para São Paulo (85,7%), Minas Gerais (100%), Rio de Janeiro (42,3%), Rio Grande do Sul (131,3%) e Bahia (66,6%).

Os dados do IBGE revelam ainda que o Índice de Atividades Turísticas apresentou um crescimento de 4,5% em março na comparação com fevereiro deste ano, resultado este igualmente verificado em todas as 12 Federações do país incluídas no levantamento. Já no acumulado ao longo dos primeiros três meses de 2022, a taxa medida pelo Instituto registra um aumento de 42,2% referente ao mesmo período do ano passado.

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