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26/04/2022 às 12h05min - Atualizada em 26/04/2022 às 12h05min

Não uso do cinto de segurança rende cerca de R$ 780 mil em multas no primeiro trimestre em Uberlândia

Cidade registrou 3,8 mil infrações do tipo, sendo uma queda de 14% quando comparado a 2021

IGOR MARTINS/DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Utilização do equipamento evita acidentes mais graves, segundo sargento dos Bombeiros | Foto: Freepik

Uberlândia registrou 3.888 infrações de trânsito pela não utilização do cinto de segurança no primeiro trimestre de 2022. De acordo com dados divulgados pelo Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran/MG), o número é 14,6% menor quando comparado ao mesmo período de 2021 (4.558) e 17,8% menor do que em 2020 (4.731). Apesar da queda, nos primeiros três meses do ano, o órgão arrecadou cerca de R$ 780 mil com multas em decorrência do descumprimento da regra. 

 

Os índices registrados na cidade seguem a tendência de Minas Gerais, que apresentou queda de 13% no número de infrações pela falta do cinto. No primeiro trimestre de 2021, o estado contabilizou 54,6 mil descumprimentos do tipo, contra 35,9 mil neste ano.

 

Na visão do Delegado regional de Polícia Civil, Luciano Alves dos Santos, a diminuição das infrações envolvendo o cinto de segurança pode ser explicada pela maior conscientização da população acerca do equipamento, além do alto valor da multa em caso de descumprimento da regra. Em três meses, o Detran já arrecadou quase R$ 780 mil apenas com infrações desse tipo.

 

Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a multa para quem não utilizar o equipamento é de R$ 195,23. Além disso, de acordo com o artigo 167, a infração é considerada grave e tem penalidade de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), e pode ainda ter uma medida administrativa, como a retenção do veículo até a colocação do cinto pelo infrator.

 

“Essa diminuição é um sinal de maior conscientização, que acontece por meio da divulgação massiva da importância do cinto de segurança. Hoje as pessoas têm acesso à informação mais rápido”, disse o delegado.

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MEDIDA DE SEGURANÇA

Além de escapar de multas e perda de pontos na carteira, a utilização do cinto de segurança é importante para evitar graves acidentes, e pode resultar em uma proteção coletiva, não apenas individual. É isso o que aponta o sargento do Corpo de Bombeiros em Uberlândia, Dhiego Costa.

 

Em entrevista ao Diário, o militar disse que grande parte dos acidentes graves acontecem pela ausência do cinto de segurança. Ele conta que a utilização do equipamento é obrigatória em todas as circunstâncias, até mesmo se a pessoa estiver no banco de trás.

 

“No passado nós ouvíamos muito de que na cidade o cinto não era obrigatório, principalmente nos bancos de trás. Isso não passa de um mito, o cinto é obrigatório para todos os passageiros. Nós temos notado que a população de Uberlândia tem se conscientizado muito nesse sentido, mas ainda temos ocorrências de pessoas que se machucam pela ausência do cinto e vão a óbito”, revelou o sargento do Corpo de Bombeiros.

 

Ainda de acordo com Dhiego Costa, um dos casos mais frequentes é o de passageiros ejetados do veículo em uma batida. Segundo o bombeiro, o uso de cinto de segurança evita este tipo de ocorrência e permite que outros passageiros também não sofram lesões no impacto. Ele explicou que mesmo uma pessoa no banco de trás pode ser arremessada para fora do automóvel.

 

“Com a falta do cinto de segurança, a pessoa vai ser lançada para frente, batendo no parabrisa ou no banco do carro. Por mais que tenha o banco na frente, a pessoa sofre os mesmos riscos, porque a pessoa está com o corpo solto. O corpo vai manter a mesma velocidade do veículo até encontrar uma barreira. Se o carro estiver a 80km por hora, ela vai ter a mesma velocidade e atingir algo, isso pode acabar machucando o próprio motorista”, disse.

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