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27/03/2022 às 13h30min - Atualizada em 27/03/2022 às 13h30min

Procura por viagens volta a crescer e agências de Uberlândia projetam boas expectativas para 2022

Destino mais procurado é o litoral brasileiro; com o aumento da demanda, preços de passagens e pacotes sobem

SÍLVIO AZEVEDO
Porto Seguro (BA) está entre os destinos mais procurados neste ano I Foto: PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO SEGURO
Um dos setores que mais sofreram impactos com a pandemia da covid-19 foi o de turismo. Em razão das diversas restrições em cidades e países, viagens foram canceladas, companhias aéreas tiveram que reduzir a oferta de voos, pousadas ficaram fechadas e o segmento quase colapsou. Após dois anos, com o avanço da vacinação e o retorno das atividades, as agências de Uberlândia já percebem o retorno da demanda e têm boas expectativas para 2022.

Dados divulgados pelo Ministério do Turismo (MinT), através da Sondagem Empresarial das Agências de Viagem, mostram que 73,4% dos empresários do setor de agências de viagens ouvidos pela pesquisa acreditam que haverá aumento na demanda por serviços no primeiro semestre deste ano e 67,7% espera registrar aumento do faturamento das empresas.

Ainda de acordo com o MinT, o Índice de Atividades Turísticas fechou 2021 com alta superior a 21% no Brasil, o que resultou em um crescimento do setor de 12% no ano passado e um faturamento de R$ 152 bilhões.

Segundo Wesley Fernandes de Oliveira, sócio da Link Turismo, a procura por viagens em 2022 tem sido muito grande e o setor está otimista com o cenário favorável. “As pessoas ficaram dois anos sem viajar. Depois de vários problemas e surpresas, as pessoas querem viver e viajar. Estamos fazendo muitos orçamentos, fechando muita coisa”.

Conforme dito por Wesley, o destino mais procurado pelos clientes é o litoral nacional. “Tem diversas cidades do Nordeste com voo direto de Uberlândia e comprando dentro de um pacote sai mais barato. Estamos fechando muito Maceió (AL) com hotel de frente a praia e Porto Seguro (BA)”, disse.

O agente de turismo da La Nave Turismo, Lucas Resende, afirmou que, além do descanso, muitas pessoas buscam viagens para fins culturais, educacionais e religiosos.

“Tem pessoas que viajam para estudos, turismo religioso, uma peregrinação, por exemplo, por Santiago de Compostela, na Espanha. Tem vários perfis que estão dispostos a viajar, pois esses dois anos que ficaram em casa por conta da pandemia, serviu para que as pessoas refletissem que, se podem fazer uma viagem, elas farão”, complementou.

Na agência em que Lucas é agente, os destinos mais procurados são Porto Seguro (BA) e  outros países da América do Sul. “Pela distância, o custo-benefício, Porto Seguro, pra quem mora no Triângulo Mineiro, é o pacote mais lembrado. O custo lá é barato, quase igual a Uberlândia. Tem restaurantes com preços mais baratos, bebida mais barata e 1h30 de voo direto, que também é um grande chamariz. Já entre as viagens internacionais estão a Argentina e o Chile, que são muito lembrados”.

Outro público que está procurando as agências de turismo neste ano é o de pessoas que desejam buscar melhor qualidade de vida em outros países. "Não podemos deixar de falar das viagens de migrantes. Eles estão indo embora para tentar uma nova vida indo embora para Estados Unidos ou Europa", finalizou.

PREÇOS
A inflação também afeta o setor de turismo. Segundo os agentes de viagens, os preços das passagens e pacotes acompanharam o aumento dos combustíveis e outros insumos. Dependendo da época do ano, algumas viagens estão com o dobro do preço em relação aos anos anteriores.

“Até pra dentro do Brasil está caro, subiu tudo. Também tem a lei do mercado. Quanto maior a procura, maior o preço. Um orçamento para Natal (RN), com passagem ida e volta, está saindo a R$ 2,6 mil, o mesmo preço que vendíamos para alguns lugares da Europa antes da pandemia”, frisou Wesley Fernandes de Oliveira, sócio da Link Turismo.

Os profissionais também foram enfáticos ao afirmar que, antes de viajar, é preciso se planejar. A maneira mais fácil de conseguir preços mais em conta é programar e começar a se organizar financeiramente com antecedência.

“Se for viajar em mês de férias, terá uma viagem mais cara. Caso pegue a baixa temporada, comprando com seis, oito meses antes, terá um preço muito bom”, finalizou Lucas, agente da La Nave Turismo. 


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