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16/03/2022 às 13h00min - Atualizada em 16/03/2022 às 13h00min

Com retomada de aulas presenciais, comerciantes no entorno da UFU esperam recuperar até 70% do faturamento

Empreendedores estabelecidos nos arredores da universidade estão animados com retorno de atividades na instituição

IGOR MARTINS
Dono de uma copiadora, José de Alencar está confiante com retomada do lucro | Foto: Arquivo Pessoal
Com o anúncio do retorno das aulas presenciais para os cursos de graduação e pós-graduação na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), comerciantes estabelecidos no entorno da instituição esperam uma recuperação no fluxo a partir dos próximos meses. Durante a pandemia da covid-19, empresários próximos à Universidade sofreram com a redução do movimento dos estudantes, que para alguns deles representa de 50% a 70% do faturamento.

As atividades presenciais na instituição estão programadas para serem retomadas no dia 14 de março para a pós-graduação e no dia 2 de maio para os cursos de graduação. A UFU tem ao todo 97 cursos de graduação e 78 modalidades de pós-graduação. Atualmente, são 20.814 estudantes matriculados na graduação e outros 3.729 nos cursos de especialização. 

Proprietário de uma copiadora que fica em frente ao campus Santa Mônica, o empresário José Alencar Alvarenga dos Santos afirmou que o movimento caiu cerca de 70% em seu estabelecimento com a suspensão das aulas presenciais. Segundo ele, seus principais clientes sempre foram estudantes e professores da universidade. Ele comenta que precisou se adaptar para não fechar as portas.

“Com o início da pandemia, nós investimos muito em atendimento online por meio do WhatsApp e começamos a divulgar nossa empresa para atingir novos públicos. Por sermos uma empresa com 14 anos de mercado, graças a Deus conseguimos nos manter, mandamos mensagens para os nossos clientes e continuamos atendendo muito dessa forma, atendendo em redes sociais e entregando nas casas das pessoas”, contou.

Com a volta das aulas presenciais da Universidade a partir de maio, José Alencar espera atingir pelo menos 80% do movimento que tinha antes da pandemia. “A expectativa é a melhor possível. A nossa perspectiva de clientes sempre foram os alunos. A UFU representa de 60% a 70% do nosso faturamento, então o nosso fluxo é fruto da universidade. Nós já notamos um aumento de movimento gradativo com a volta às aulas nas escolas e universidades particulares desde o carnaval”, afirmou o empreendedor.

BOM PARA TODOS
“A nossa expectativa é grande. Quando tem aula presencial na UFU, o comércio gira, o movimento na rua é maior e o número de pessoas é muito grande. O que eu mais quero é que o pessoal volte para a universidade. Isso melhora para mim e para todo mundo aqui da região. Tem sido difícil sobreviver sem os clientes”, disse Wagna Maria Gonzaga Salomão, dona de uma lanchonete próxima à universidade.

Em entrevista ao Diário, a empresária disse que durante a suspensão das aulas presenciais, a lanchonete também precisou se adaptar devido às dificuldades causadas pela pandemia. Segundo Wagna, foi preciso investir em propagandas e promoções para atingir novos públicos e manter a clientela.

A empresária relatou ainda que o movimento gerado pela UFU é responsável por 50% de todo o faturamento do estabelecimento. Com o retorno, Wagna deseja retomar o fluxo e o sucesso feito da lanchonete, especialmente entre os alunos. “Nós já temos notado um crescimento. O movimento cresceu, mas cresceu pouco. A nossa esperança é de que a UFU volte, porque a faculdade tem muitos alunos e funcionários”, disse.

MERCADO AQUECIDO
Desde o anúncio da volta das aulas presenciais, o mercado imobiliário também já está em processo de aquecimento. Gerente de locação de uma imobiliária de Uberlândia, Leonardo Garcia disse que, com a pandemia, a desocupação dos apartamentos foi alta em bairros com grande quantidade de universitários, como Santa Mônica, Jardim Finotti e Umuarama.

Com o retorno das atividades, Garcia afirmou que muitos estudantes já estão procurando novos locais para alugar e não deixar de última hora. Segundo ele, desde que a UFU anunciou a volta, a imobiliária percebeu aumento no número de pessoas querendo alugar e negociar imóveis, especialmente nos arredores da instituição.

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