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13/01/2022 às 10h30min - Atualizada em 13/01/2022 às 10h30min

Com reajuste da Petrobrás, gasolina em Uberlândia já se aproxima dos R$ 7,00

Estatal anunciou aumento de 4,85% para gasolina e 8% para o diesel na última terça (11)

SÍLVIO AZEVEDO
Valor de compra para nas distribuidoras passará de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro | Foto: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
O reajuste de 4,85% no preço da gasolina e de 8% do diesel, anunciado na última terça (11) pela Petrobrás, já está refletindo no valor cobrado pelos postos de combustíveis de Uberlândia. De acordo com um levantamento feito pelo Diário, em alguns estabelecimentos o litro do diesel está sendo anunciado por R$ 5,66 e o da gasolina a R$6,99.
 
A média de preços praticados na cidade é de R$6,79 para a gasolina e de R$5,29 para o diesel. O aumento anunciado pela Petrobrás é o primeiro deste ano. Para a gasolina, o valor de compra nas distribuidoras passará de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro. O diesel salta de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro.
 
A reportagem conversou com uma proprietária de uma rede de postos em Uberlândia sobre o reajuste. Para Cibelle Rodovalho, as grandes vilãs são as distribuidoras que não reduzem suas margens de lucro. “Antigamente a BR Distribuidora, que era da Petrobrás, segurava e, às vezes, até baixava o preço, forçando as demais a baixar também. Hoje, a Vibra não ajuda e acaba sufocando os postos de combustíveis. Inclusive os valores dela são superiores ao de outras distribuidoras”, argumentou.
 
A empresária também contou que não conseguiu comprar combustíveis com o preço antigo nesta terça, após o anúncio da Petrobrás. “A Vibra travou a venda e só conseguimos fazer a compra com preço novo. Na bomba, a gasolina teve reajuste de R$ 0,11, passando para R$ 6,79 o litro”, disse.
 
Em comunicado enviado à imprensa, a Petrobrás afirmou que os ajustes são importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelas distribuidoras, importadores e outros produtores, além da própria empresa.
 
A produção do Diário de Uberlândia procurou as distribuidoras das Redes Ipiranga e Shell para comentar sobre o reajuste. Por meio de nota, a Rede Ipiranga disse que opera em regime de livre iniciativa e concorrência, sem exercer nenhuma interferência na determinação do preço-bomba, atuando de forma individual e competitiva em cada mercado onde está presente. Esclareceu também que o aumento no custo dos produtos fornecidos pela Petrobras é repassado para todos os clientes sempre que acontece essa movimentação. 

A Shell ainda não respondeu aos questionamentos. 

 
IMPACTOS NO BOLSO
Na outra ponta do mercado estão os consumidores. Trabalhando como motorista de aplicativo, Marcelo Carlos Ferreira reclama do alto preço dos combustíveis e diz que muitos profissionais que atuam no ramo estão deixando de atender a chamados de clientes.
 
“Esse aumento diminui mais ainda a margem de lucro e olha que já está na ‘rapa do tacho’. Muitos motoristas estão parando por causa disso. Às vezes você vai pegar um passageiro e ele fala que tem mais de 10, 15 minutos que está atrás de motorista e não acha. Mas, é por causa desses motivos, aumento de combustíveis, cidade esburacada. Isso vai acabando com a gente”, destacou.
 
Para fazer compensar o período trabalhado, Marcelo diz que muitas vezes os motoristas estão escolhendo os trajetos e, com isso, cancelando chamados de passageiros. “Estamos começando a escolher chamada. Tem corrida que não compensa ir. Tem umas que pra buscar são 4 km e mais 4 km até o destino final e ainda querem te pagar R$ 7. Você anda 8 km, gasta em média 1 litro de combustível e vai ganhar menos de R$ 1. Como que mantém um carro ganhando isso? Não tem jeito”, argumentou.

*Matéria atualizada às 10h19 do dia 17/01 para acréscimo de informações.


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