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25/12/2021 às 14h00min - Atualizada em 25/12/2021 às 14h00min

Procura por alimentação fora de casa cresce 20% nos últimos meses em Uberlândia, aponta Abrasel

Retorno do trabalho e das aulas presenciais impactaram o aumento; restaurante registrou crescimento de 60% no movimento neste ano

MARIELLE MOURA
Demanda pela alimentação fora de casa começou a ser percebida nos últimos seis meses / Foto: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
O setor de restaurantes de Uberlândia registrou nos últimos meses um crescimento de aproximadamente 20% na quantidade de pessoas que têm procurado por alimentação fora de casa. Empresários atribuem o aumento à volta ao trabalho e ao retorno das aulas presenciais na cidade pós-pandemia.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) do Triângulo Mineiro, Fábio Bertolucci, o aumento da demanda pela alimentação fora de casa começou a ser percebido nos últimos seis meses, quando o comércio começou a ter uma flexibilização maior para funcionamento e a rotina das família voltou a ser fora de casa. “Antes, as pessoas estavam em casa, trabalhando em home office e, de repente, voltaram a trabalhar presencialmente, os  filhos retornaram para a escola e assim puderam voltar a comer em restaurantes”, disse.

Adelio Braz Tinoco Júnior é dono de um restaurante que fica em um shopping em Uberlândia e, segundo ele, em 2019 o crescimento no restaurante foi de quase 45%. Contudo, em 2020 com o início da pandemia, houve uma queda de aproximadamente 90% no movimento do estabelecimento, já que o local ficou quase 10 meses fechado. Em 2021, o cenário foi positivo para o empresário, que registrou um aumento de 60% no movimento, 15% a mais do que no ano pré-pandemia.
 
Para o comerciante, a necessidade de sair de casa foi um dos motivos que mais impactou o aumento. “O pessoal ficou muito preso, então essa necessidade de sair de casa e de ir ao shopping é muito grande. Durante a pandemia, as pessoas pediam um delivery ou faziam a própria comida e há uma necessidade grande de liberdade neste fim de ano”, disse.

Gabriel Henrique Chaves Almeida é empresário e voltou a comer fora de casa há aproximadamente três meses. Conforme dito por ele, durante a pandemia, ele fez a própria comida por entender que era mais barato.

Hoje o empresário gasta cerca de R$ 100 por semana com o almoço em restaurantes e, de acordo com ele, apesar de sair um pouco mais caro, a facilidade e praticidade que comer fora de casa oferece compensa. “Sai um pouco mais caro, mas economizo no tempo porque opto por almoçar perto da empresa. Se eu tivesse que ir em casa fazer comida, seria muito tempo”, disse.
 
EXPECTATIVA
Segundo o presidente da Abrasel do Triângulo Mineiro, Fábio Bertolucci, mesmo com o retorno positivo dos clientes aos bares e restaurantes, os empresários foram muito impactados com o aumento no preço dos produtos, como óleo de soja, carne e embalagens. Para o representante da Associação, a expectativa para 2022 é que o setor continue crescendo para compensar os prejuízos enfrentados nos últimos meses em razão da pandemia.
 
“Acreditamos que essa procura pela alimentação fora de casa precisa aumentar no ano que vem. O comércio precisa ter mais público, ter mais condições de colocar mesas e cadeiras,  pois ainda estamos trabalhando com limitações e temos que aumentar a receita para compensar os prejuízos que enfrentamos em 2020”, explicou.
 
O comerciante Adelio também comentou que as expectativas para o ano que vem são boas, mas ainda tímidas, principalmente, se observar o cenário do país. “Creio que no início do ano que vem esse crescimento ainda vai permanecer, mas tememos que com a chegada das eleições e devido ao esfriamento da economia as coisas voltem a piorar novamente”, finalizou.

 
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