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20/12/2021 às 12h42min - Atualizada em 20/12/2021 às 12h42min

Motorista que fugiu após acidente na Av. Rondon Pacheco segue foragido

Colisão aconteceu na manhã de domingo (19) causando a morte de um passageiro; testemunhas relataram que condutor estava embriagado

DA REDAÇÃO
Após o choque, o motorista, que ainda não foi identificado, evadiu do local I Foto: Corpo de Bombeiros
O motorista que se envolveu no acidente que acabou causando a morte de Cássio Rodrigues da Costa, de 26 anos, no último domingo (19), ainda não foi localizado. A batida aconteceu na Av. Rondon Pacheco, em Uberlândia, quando a caminhonete em que a vítima estava se chocou com uma carreta que estava estacionada. Através das redes sociais, a família de Cássio, que mora em Fortaleza (CE), realiza uma “vaquinha” para conseguir fazer o enterro na cidade natal.
 
A reportagem do Diário teve acesso ao boletim de ocorrência do acidente. No documento, uma testemunha relatou que o veículo seguia sentido Praia Clube/Parque do Sabiá quando tentou desviar de uma placa do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) posicionada na pista, perdeu o controle e colidiu com a carreta.
 
Após o choque, o motorista, que ainda não foi identificado, evadiu do local. Segundo testemunhas, ele apresentava sinais de embriaguez e tinha uma garrafa de cerveja nas mãos. No boletim, o motorista da carreta que foi atingida reforça essa mesma informação. Dentro da caminhonete foram encontrados documentos e cartões bancários da vítima, além de um tablete de substância similar à maconha.
 
Nesta segunda, a reportagem do Diário conversou com uma testemunha que trabalha próximo ao local e confirmou as informações. “Vimos um rapaz claramente embriagado fugindo pela rua do Hospital Santa Marta. Estava sem camisa e uma cerveja na mão. Ele estava meio perdido e logo saiu correndo, sentido Patrimônio”, disse a testemunha que preferiu não ser identificada.
 
Ainda segundo o relato, Cássio ainda estava com vida quando outras pessoas chegaram ao local. “Na hora do acidente estava um som muito alto vindo do carro, tocando funk e, logo depois desligaram o som. Dava pra perceber que o passageiro estava preso às ferragens, tentando falar alguma coisa e, logo os bombeiros chegaram e identificaram que ele estava morto. Não dava pra ver se o motorista estava machucado. Ele desceu cambaleando, não sabe se por conta de bebida, ou por ter batido a cabeça, mas acredito que seja por conta da bebida”.
 
A Polícia Civil também foi procurada pelo Diário e informou que já foi aberto um procedimento para investigar o caso.
 
INVESTIGAÇÕES
Durante as diligências, os policiais chegaram ao proprietário do veículo, que informou que teria emprestado a caminhonete, mas não teria informações sobre a pessoa. Segundo consta na ocorrência, após fazer contato com o advogado, o homem mudou a versão, afirmando que a caminhonete teria sido furtada, sem informar data e horário do roubo.
 
Após ser encaminhado para a delegacia, o proprietário da caminhonete teria mudado a versão novamente, informando que o furto aconteceu por volta da meia-noite do dia anterior e que não fez a ocorrência, pois teria preferido dormir, tomando conhecimento do acidente somente na manhã de domingo (19), quando os policiais foram a sua residência.
 
A reportagem entrou em contato com o proprietário da caminhonete, que informou não poder falar e desligou o telefone. O Diário também tentou falar com ele por meio de mensagens solicitando o contato do advogado, mas até o momento não houve retorno.
 
VERSÃO DA FAMÍLIA
À reportagem, a irmã de Cássio, Alice Rodrigues de Moura, que mora em Fortaleza, afirmou que o irmão teria ido para a casa de um cliente do bar em que ele trabalha na manhã de domingo junto com um amigo.
 
“A história que contaram foi que ele e um amigo, que não sei se era funcionário do bar ou se era um amigo aleatório, conheceram um cliente e pela manhã foram pra casa desse cliente. Os últimos stories que ele postou no instagram foram na casa desse cliente. Após isso, o que contam é que ele e esse rapaz que estavam dirigindo a Hilux, saíram pra dar um rolê, mas acho estranho alguém pegar o carro dos outros assim sem autorização. E o que o cliente fala é que estava dormindo quando pegaram o carro dele”, disse.
 
O corpo de Cássio será transportado para Fortaleza, custeado pelo bar em que ele trabalhava. A família fez uma campanha de arrecadação para pagar as taxas do enterro. “O valor que arrecadamos foi para pagar as taxas da gaveta que estavam atrasadas. Uma amiga disponibilizou a gaveta do pai dela, nós pagamos só o valor das taxas atrasadas”.

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