A Polícia Civil de Uberlândia, através da Operação Lusíadas, prendeu mais dois homens acusados de pertencer a uma organização criminosa especializada em aplicar o golpe do cartão clonado. A dupla foi presa em um hotel do bairro Tubalina, em Uberlândia.
A prisão ocorreu no último sábado (11), mas só nesta terça-feira (14) foi revelada por causa das investigações que prosseguiram com o intuito de prender mais criminosos. O delegado chefe do 9º Departamento de Polícia Civil, Marcos Tadeu, falou sobre a operação, em entrevista coletiva, e disse que as diligências irão continuar.
A prisão da dupla, ambos procedentes do Rio de Janeiro, põe fim a uma célula da organização criminosa que agia em Uberlândia, onde o grupo já teria feito 29 vítimas. Com os suspeitos, os policiais civis apreenderam cartões quebrados e intactos, máquinas de passar cartão, dinheiro e outros objetos utilizados no golpe. Um veículo também foi apreendido.
De acordo com o delegado Marcos Tadeu, o alvo dos bandidos eram pessoas já idosas. Os criminosos telefonavam para as vítimas, diziam que os cartões foram clonados e as induziam a quebrar o documento pela metade e entregá-lo a uma pessoa que ia à casa delas para buscá-lo. De posse dos chips, a organização criminosa efetuava saques, fazia compras e outras transações bancárias. Nos últimos dias, segundo as investigações, apenas uma pessoa foi lesada em mais de R$ 55 mil. Entre as vítimas em Uberlândia, há um ex-deputado.
A “Operação Lusíadas” começou em 2020 quando a polícia prendeu três paulistas que estavam aplicando o golpe. A partir da prisão deles, os policiais apuraram que eles faziam parte de uma rede nacional e passaram a investigá-la, culminando agora com a prisão dos membros da célula fluminense. Os criminosos foram encaminhados ao Presídio Professor Jacy de Assis.
O delegado Marcos Tadeu aproveitou para alertar a população sobre o golpe e pedir que as pessoas tomem cuidado quando receberem telefonemas de alguém se passando por funcionário de instituições financeiras.