18/11/2021 às 08h00min - Atualizada em 18/11/2021 às 08h00min
Operação que investiga crime de exploração sexual de travestis cumpre novos mandados em Uberlândia, Tupaciguara e Criciúma
Em segunda fase, PM e GAECO localizam mais suspeitos de envolvimento na associação criminosa; ex-vereadora Pâmela Volp tem mandado de prisão prorrogado
DA REDAÇÃO
Gaeco e PM fizeram vistoria em mausoléu da família Volp | Foto: DIVULGAÇÃO/GAECO O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) realizou nesta quarta-feira (17) a segunda fase da Operação Libertas em Uberlândia, Tupaciguara e Criciúma (SC). Foram cumpridos mais dois mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão, além de outras três de ordens judiciais de remoção e apreensão de veículos. Os nomes dos suspeitos presos ainda não foram divulgados.
A operação apura os crimes de associação criminosa, exploração sexual, manutenção de casa de prostituição, roubo, lesão corporal, homicídio, constrangimento ilegal, ameaça, posse e porte de arma de fogo. As investigações apontam a ex-vereadora Pâmela Volp como mandante dos crimes cometidos por um grupo criminoso. Na última semana, a ex-parlamentar foi presa, assim como, a filha dela, Paula Volp e Lamar Bionda.
Nesta segunda fase, a operação conta com a participação da 9ª Região de Polícia Militar e também do Gaeco de Estado de Santa Catarina. Os policiais apreenderam veículos suspeitos de terem sido usados em práticas criminosas ou que foram adquiridos com recursos ilícitos, sendo que todos permanecerão custodiados durante as investigações.
Em Criciúma, em Santa Catarina, em um dos endereços alvo da medida judicial de busca e apreensão, foram encontrados mais de R$ 58 mil em espécie. Já em Tupaciguara, no pontal do Triângulo, a equipe do Gaeco esteve em um cemitério onde há um mausoléu da família Volp. A informação apurada é de que o grupo de criminosos guardava dinheiro no local.
O grupo de operações fará uma entrevista coletiva com a imprensa ainda nesta manhã de quinta-feira (17) para prestar esclarecimentos sobre as prisões e mandados de busca.
PRISÕES PRORROGADAS
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) conseguiu estender as prisões preventivas de Pâmela Volp, Paula Volp por mais 90 dias. O prazo inicial terminaria nessa quarta (17).
Ainda de acordo com as informações do MPMG, o grupo explora uma grande rede de prostituição, assim como financia procedimentos estéticos realizados de forma ilegal.
O Gaeco constatou ainda que a exploração financeira da prostituição de travestis e transexuais é exercida pelo bando sempre com uso de violência e graves ameaças, sendo que existem suspeitas até de homicídios consumados e tentados envolvendo os investigados.
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