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05/07/2021 às 18h15min - Atualizada em 05/07/2021 às 18h15min

Grupo Mães Pela Vacina questiona retorno das aulas em Uberlândia

Jorgetânia da Silva Ferreira falou com vereadores durante sessão ordinária realizada nesta segunda (5)

SÍLVIO AZEVEDO
Jorgetânia Ferreira foi convidada a falar sobre a volta às aulas na cidade I Foto: Aline Rezende/CMU
Durante a primeira sessão ordinária do mês de julho na Câmara Municipal, que aconteceu nesta segunda-feira (5), a representante do grupo Mães Pela Vacina, Jorgetânia da Silva Ferreira, foi convidada a falar sobre a volta às aulas em Uberlândia.

Jorgetânia, que é professora universitária, criticou a forma como a Prefeitura de Uberlândia conduziu o retorno às aulas, afirmando que o Executivo não se preparou para receber profissionais da educação e alunos.

“Infelizmente, a volta às aulas em Uberlândia foi algo não planejado. Algo, de certa forma, até maldoso, porque os profissionais de educação passaram o ano de 2020 aprendendo a lidar com o ensino remoto. O dia que ia começar a vacinar professores, auxiliares de serviços gerais, a Prefeitura de Uberlândia, por meio do Comitê de Enfrentamento à Covid, o prefeito Odelmo Leão e a Secretária, Tânia Toledo, fizeram o retorno das aulas”, disse.

A representante ainda questionou que não houve diálogo entre o Município e os profissionais sobre o retorno das aulas e denunciou que está havendo assédio contra servidores e que houve pressão por parte da iniciativa privada para que a decisão fosse tomada.

“Os profissionais da educação têm sofrido assédio. É importante que o Poder Legislativo tome ciência disso. Eles têm sofrido assédio, não tem sido planejado. Whatsapp funcionando final de semana, fora do horário de trabalho, porque a Prefeitura resolveu criar uma situação que é a seguinte. Voltaram as aulas muito por pressão dos setores da iniciativa privada, vocês sabem disso. Quem é que fez pressão para as aulas voltarem foi o pessoal que queria ganhar dinheiro no negócio da educação”, afirmou.

Além do assédio, Jorgetânia criticou os equipamentos de segurança dados aos profissionais das escolas que, segundo ela, são de má qualidade e não os protege do contágio. “Já sabemos que as novas cepas exigem a PFF2 ou a N95. É uma vergonha a máscara que a Prefeitura tem entregado. Uberlândia sempre foi considerada modelo em algumas áreas. Nós temos toda divergência com diversas políticas aqui na cidade, mas nunca pensamos que fossem entregar uma máscara de tão má qualidade para seus profissionais”, disse.

Jorgetânia afirmou ainda que todos os responsáveis pelas políticas públicas serão responsabilizados pelas mortes causadas pela Covid-19. “Infelizmente, a prefeitura não tem nos ouvido e vai ter responsabilização, porque nenhuma morte evitável é aceitável. Então, a partir de agora, nós já fizemos todas as demandas, entregamos um abaixo assinado com mais de 5 mil assinaturas. Vamos encaminhar ao Legislativo Municipal esses pedidos e informações. Então, todas as pessoas que forem responsáveis pela política que levou a morte de milhares de pessoas no país e em Uberlândia, serão responsabilizadas”, afirmou.

POSICIONAMENTO
O Diário procurou a Prefeitura de Uberlândia sobre as denúncias e questionamentos levantados pela representante do grupo Mães Pela Vacina e, por meio de nota, a Secretaria Municipal de Educação se posicionou, afirmando que o retorno das aulas foi planejado e que não há nenhuma intenção de suspensão das aulas neste momento, já que são seguidas as decisões do Comitê de Enfrentamento a Covid-19. Confira, na íntegra, o posicionamento do Município.

“A Secretaria Municipal de Educação informa que o retorno das aulas foi planejado desde fevereiro, inclusive com Cartilha de Volta às Aulas, disponível no Portal da Prefeitura, onde consta o protocolo sanitário adotado pela rede. Com a suspensão da determinação Judicial que impedia o retorno, a volta às aulas aconteceu normalmente cumprindo efetivamente às normas de biossegurança como distanciamento, uso de máscaras, álcool em gel, higienização constante, oferecendo às famílias dos alunos, o ensino híbrido, ou seja, enquanto parte dos alunos está presencialmente em salas de aula, a outra parte se mantém em ensino remoto, invertendo a cada semana. A vacinação dos educadores acontece cumprindo o Programa Nacional de Imunização. A Secretaria Municipal de Saúde iniciou com a imunização dos profissionais de educação do ensino infantil, posteriormente veio o ensino fundamental, ampliando para todos os ensinos contemplando rede estadual e particular, além do ensino superior. A secretaria informa que não há nenhuma intenção de suspensão das aulas neste momento, já que seguimos as decisões do Comitê de Enfrentamento a Covid-19 que se reúne com várias autoridades, profissionais e especialistas semanalmente, analisando os números da cidade”, constou a nota.




 

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