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04/07/2021 às 13h00min - Atualizada em 04/07/2021 às 13h00min

Presidente faz balanço do primeiro semestre na Câmara Municipal de Uberlândia

Vereador Sérgio do Bom Preço (PP) falou sobre os primeiros meses à frente da Casa

SÍLVIO AZEVEDO
Presidente da Câmara, Sérgio do Bom Preço (PP), concedeu entrevista ao Diário | Foto: Sílvio Azevedo
O ano de 2020 foi de muitas mudanças no legislativo municipal, com a cassação de 15 vereadores e mais seis renúncias. O reflexo disso foi um pleito com apenas 10 parlamentares reeleitos e 17 novos rostos na Casa.

Em 2021, foram protocolados 193 projetos de Lei Ordinária por vereadores, sendo 38 aprovados. Já o Executivo enviou 18 e conseguiu a aprovação de 17. O número de Projetos de Leis Complementares ficou em 11 protocolados por parlamentares, com apenas um aprovado, enquanto o Executivo protocolou e aprovou dois.

Seis meses após o início da atual legislatura, o Presidente da Câmara Municipal de Uberlândia, vereador Sérgio do Bom Preço (PP), falou com a reportagem do Diário de Uberlândia sobre a administração de um parlamento envolto à questionamentos por causa das ações do passado, além da relação com o Executivo Municipal e o polêmico projeto das Emendas Impositivas.
 
Presidente, com qual cenário o senhor assumiu a presidência da Câmara, em janeiro deste ano, e o que já foi feito?
É uma gestão transparente. Sabia que teríamos muitas dificuldades posteriores às prisões e cassações de mandatos, mas assumimos uma responsabilidade muito grande de dar um respaldo para a população de Uberlândia e mudando a cara do Poder Legislativo, que ficou com a imagem muito ruim devido aos acontecimentos do ano passado. E acredito que estamos fazendo isso muito bem. Com apenas seis meses de mandato, já conseguimos fazer economia. Devolvemos R$ 1 milhão, que é do duodécimo, para o Poder Executivo. Também estamos dando melhores estruturas de trabalho para os vereadores, com a compra de alguns móveis, e fazendo licitações para reformar a Câmara, que está há 30 anos sem uma reforma.

É mais difícil de administrar com uma grande turma de vereadores novatos, junto aos mais experientes?
Nós temos uma diversidade muito grande de vereadores. Somos 27 parlamentares, sendo que cerca de 20 são novatos. São pessoas com ideias novas, diferentes, alguns projetos polêmicos, mas temos que ter o respeito e a coerência de ouvir a todos. Eles têm o direito de apresentar seus projetos, e, aqueles que têm respaldo constitucional, são levados ao Plenário. Os mais polêmicos, acabamos entrando em acordo, um sugere uma emenda e outra, no fim está acontecendo na normalidade.
 
Como é a relação entre o Legislativo e o Executivo?
Temos uma relação boa. Essa parceria tem que existir. Temos vereadores de oposição, mas nunca deixamos de ouvi-los também e dar voz aos representantes do povo. Agora, uma Câmara, alinhada com o Poder Executivo, os projetos para a cidade fluem com mais rapidez. Logicamente, dependemos dos nossos deputados estaduais e federais para que sejam feitos investimentos.
 
Como o Legislativo trabalha para mudar a imagem deixada pelas cassações em 2020?
Para mudar essa imagem, o trabalho do Legislativo tem que ser com transparência. Dos servidores em cargos de confiança nomeados na Câmara Municipal, 90% são de efetivos. Isso para dar mais segurança nos trabalhos da Casa.

Fale sobre o projeto das emendas impositivas.
É um projeto polêmico implantado nas esferas federal e estadual, e está migrando para os municípios. Temos exemplos de Araguari, Monte Carmelo e Uberaba, que foram aprovados. Mais recentemente em Belo Horizonte.

Devido ao momento econômico vivido por causa da pandemia, não vejo como um momento mais apropriado para apresentá-lo. Mas cabe ao autor do projeto analisar esse cenário econômico para apresentar futuramente, ou que se faça uma reunião com os vereadores para encontrar um momento mais oportuno para apresentar o projeto.

Se aprovado, ele mexe nos cofres do Poder Executivo e acho que o momento não é o mais propício, pois estamos com mais de um ano e meio de pandemia, já foi gasto mais de R$ 250 milhões só com a covid. Com isso, não é um momento apto para isso. É algo que dá em torno de R$ 40 milhões. 
 
Como planeja o funcionamento da Câmara no futuro, em meio ao “novo normal” e o avanço da vacinação?
Muitos servidores estão com trabalho home office, as sessões virtuais acontecem normalmente, mas são mais calmas, com menos fervor, e elas acontecem para dar mais segurança para servidores e vereadores. Mas esperamos que, com o avanço da vacinação, se restabeleça a segurança de funcionamento também dos setores econômicos, e salvando vidas.
 

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