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18/02/2021 às 20h24min - Atualizada em 18/02/2021 às 20h24min

Profissionais da UFU rebatem cobranças feitas pelo prefeito ao Hospital de Clínicas

Odelmo Leão voltou a cobrar que o HC-UFU abra mais leitos; Sintet-UFU questionou medidas adotadas pelo prefeito para combater a Covid-19 em Uberlândia

FERNANDO NATÁLIO
Profissionais do HC-UFU levantaram faixas em protesto nesta quinta (18) I Foto: Ascom Sintet
O Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições Federais de Ensino Superior de Uberlândia (Sintet-UFU) concedeu uma entrevista coletiva, nesta quinta-feira (18), na qual questionou posicionamentos do prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão, apresentados na quarta-feira (18), durante anúncio de endurecimento nas restrições do funcionamento das atividades econômicas não essenciais em Uberlândia para conter o aumento da pandemia do coronavírus.

Na entrevista coletiva realizada pelos integrantes do Comitê Municipal de Enfrentamento à Covid-19, na quarta-feira, o prefeito voltou a cobrar que o HC-UFU abra mais leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) - Odelmo Leão já tinha feito essa queixa no início do mês. Ele disse também que não podia aceitar que um hospital federal abrisse somente oito novos leitos, conforme anunciado pelo próprio HC-UFU na mesma data.

Com a participação de profissionais do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), que fizeram uma manifestação pacífica nesta quinta, o Sintet-UFU rebateu o prefeito Odelmo indagando o motivo de o prefeito não ter adotado antes as medidas mais rígidas para evitar a aglomeração de pessoas na cidade e a disseminação do coronavírus.

“Não adianta só abrir novos leitos, é preciso reduzir a circulação de pessoas e, consequentemente, do vírus. Não precisa fazer um lockdown, mas poderia já ter feito um revezamento de funcionamento de atividades, uma espécie de escalonamento. Também poderia ter ampliado a frota de ônibus para evitar a aglomeração no transporte coletivo. Tinha que ter discutido mais soluções”, afirmou o coordenador do Sintet-UFU, Robson Carneiro.

Na entrevista desta quinta, o Sintet-UFU destacou que o HC-UFU vem sofrendo perdas e precarizações já há alguns anos. “Perda de orçamento em virtude da PEC95 (PEC da Morte) que o Prefeito ajudou a aprovar enquanto deputado. Perda de trabalhadores que se aposentaram, adoeceram ou morreram e não tiveram reposição em função da Lei 873, que proíbe concursos públicos, que o Prefeito também apoiou”, citou o Sintet, em nota veiculada após a manifestação.

Ainda de acordo com o documento, “mesmo tendo recebido uma parcela ínfima dos pouco mais de R$ 20 milhões que a Prefeitura de Uberlândia recebeu para combater a pandemia, o HC-UFU trabalhou no último ano acima do seu limite recebendo e tratando pacientes com suspeitas ou confirmados de Covid”.
 
ATENDIMENTOS
Na nota divulgada pelo Sintet-UFU, também é mencionado que o “HC foi responsável por atender mais de 700 pacientes com suspeita ou confirmação de Covid e o Hospital trabalhou o tempo todo com 150% de ocupação no Pronto-Socorro, atendendo a urgências e emergências, lembrando que 85% dos pacientes que o HC atendeu são de Uberlândia, dando às UAIs (Unidades de Atendimento Integrado) e ao Hospital Municipal o fôlego necessário para o enfrentamento do vírus”.

O coordenador do Sintet-UFU, Robson Carneiro, reforçou essa argumentação. “Durante a pandemia, o HC absorveu as demandas de média e alta complexidade, desafogando a rede municipal”, completou.

O Diário de Uberlândia fez contato com a Secretaria de Comunicação (Secom) da Prefeitura, solicitando um posicionamento sobre os questionamentos feitos pelo Sintet-UFU, mas, até o encerramento desta reportagem, não houve resposta.




 
 
 

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