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08/02/2021 às 15h44min - Atualizada em 08/02/2021 às 15h44min

Vereadores apontam falhas em protocolo sanitário de volta às aulas

Portarias com aglomerações e salas pequenas foram mencionadas durante a sessão realizada na Câmara

FERNANDO NATÁLIO
Volta às aulas presenciais foi destaque na sessão desta segunda I Foto: Aline Rezende/CMU
Vereadores de Uberlândia e um representante dos professores da rede municipal de ensino apontaram falhas no protocolo sanitário contra a covid-19 exigido para o retorno das atividades presenciais em escolas municipais de Uberlândia. As aulas foram retomadas nesta segunda-feira (8) em formato híbrido, nas formas remota e presencial. Os problemas foram mencionados pelos parlamentares e o profissional da educação durante a sessão ordinária realizada na Câmara Municipal nesta segunda.

Durante a sessão, as vereadoras Liza Prado (MDB) e Cláudia Guerra (PDT) afirmaram que verificaram problemas no primeiro dia de aulas presenciais na rede municipal de ensino. “Vimos portarias de escolas cheias de pessoas, sem distanciamento. Isso nos preocupa. Por mais que a Prefeitura e a Secretaria de Educação tiveram todos os cuidados para promover esse retorno das aulas de forma segura, acho uma incoerência abrir as escolas no momento em que o comércio é fechado devido ao aumento da pandemia”, afirmou Liza Prado.

“Fomos fiscalizar oito escolas nesta manhã e somente duas estavam seguindo o protocolo. Eu e minha assessoria estivemos nas Escolas Municipais Domingos Pimentel, Eugenio Pimentel e Mario Alves e nas Emeis do bairro Luizote, Professora Sonia, Ceci Cardoso, Cruzeiro do Sul e Augusta. Devido aos problemas que já observamos, vamos solicitar, via Ministério Público, que esse retorno das atividades presenciais seja suspenso”, disse Cláudia Guerra.

Ainda durante a sessão, o vereador Murilo Ferreira (Rede) também afirmou estar preocupado com essa retomada das atividades presenciais. “Se aumentar o número de mortes nos próximos 30 ou até 60 dias na cidade de Uberlândia, de quem será a responsabilidade?”, questionou o parlamentar.

Além dos vereadores, o professor Ronaldo Ferreira, membro do Comitê de Luta da Rede Municipal, teve espaço para abordar o tema durante a sessão da Câmara. O educador disse que leciona aulas na zona rural do município e que as salas nas escolas dessa região são pequenas, com apenas 20 metros quadrados. “Com esse tamanho, é inviável manter o distanciamento adequado. Tanto que têm escolas da rede municipal que iriam voltar a ter aulas presenciais hoje, mas recuaram porque estão sendo reformadas”, afirmou o representante dos servidores do município.

“Queremos o retorno das atividades presenciais, mas com segurança, após os profissionais da educação serem vacinados. Porque as crianças vão se abraçar, os professores não vão conseguir manter o distanciamento indicado. Então, tem que ter a vacinação para que essa volta seja segura”, completou Ronaldo Ferreira.
 
POSICIONAMENTO
 
Questionada pela reportagem do Diário de Uberlândia sobre os problemas apontados pelos parlamentares, a Secretaria Municipal de Educação afirmou, em nota, que a decisão de volta às aulas foi tomada mediante análise e discussão por parte de especialistas em saúde pública do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 e representantes de vários setores da sociedade. Disse ainda que está monitorando todas as escolas municipais e aprimorando a logística e garantindo a profissionais e alunos segurança e efetividade no processo de ensino/aprendizagem.

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