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05/02/2021 às 19h46min - Atualizada em 05/02/2021 às 19h46min

Em resposta a Odelmo, HC-UFU diz que só abre novas UTIs se reduzir cirurgias eletivas

Decisão, segundo o Hospital de Clínicas, teria que ser acordada entre Município, Estado e União

FERNANDO NATÁLIO
Hospital de Clínicas da UFU já abriu oito novos leitos de UTI para atender casos de Covid-19 I Arquivo Diário
Após a declaração do prefeito Odelmo Leão, na última quarta-feira (3), apelando para que o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) abra novos leitos de UTI para ajudar no tratamento de pacientes com coronavírus, a Universidade convocou nesta sexta (5) uma coletiva para falar sobre o assunto.

Em resposta à Prefeitura, o HC-UFU informou que já ampliou oito novos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) exclusivos para tratamento de covid-19 desde o início da pandemia e, para disponibilizar mais leitos de UTI para atender pacientes com coronavírus em estado grave, teria que reduzir o número de cirurgias eletivas (agendadas) que são feitas atualmente na unidade hospitalar para redirecionar parte da estrutura já existente. Essa decisão, segundo o HC-UFU, teria que ser acordada entre Município, Estado e União.

“O HC e a Universidade estão à disposição para ajudar nessa ampliação de leitos, mas, para isso ocorrer, teria que reduzir o número de cirurgias eletivas, o que também pode ser ruim. Por isso, é preciso que toda a rede esteja em acordo e decida de forma que a população não saia prejudicada”, afirmou o reitor da UFU, Valder Steffen Júnior.

“Seguimos orientações do Estado e do gestor do SUS no município, que é o secretário municipal de Saúde”, completou o superintendente do HC-UFU, Nilton Pereira Junior, também durante a entrevista coletiva.

Atualmente, conforme dados do superintendente, o HC-UFU está na fase três de retomada de cirurgias eletivas e de atendimentos no ambulatório, com retorno de 75% destes serviços médicos. “Se houver uma pactuação para reduzirmos as cirurgias eletivas visando à abertura de mais leitos de UTI podemos levar este percentual para 50%, 25% ou até 0%. Mas, hoje, não temos como precisar quantos leitos poderiam ser disponibilizados. Depende de uma série de fatores e também não tem, pelo menos por enquanto, como prever quanto tempo levaria para fazer essa ampliação de UTIs”, disse Nilton Pereira Junior.

Ainda de acordo com o superintendente do HC-UFU, é certo que, neste momento, não é possível abrir novos leitos, mas, sim, redirecionar a estrutura atualmente destinada a atender as cirurgias eletivas, desde que a decisão seja conjunta entre gestores municipais, estaduais e federais. “Não há recursos para construção de novos espaços para esse tipo de atendimento e compra de equipamentos de UTIs”, informou.
 
REFORÇO
Ainda nesta semana, a UFU já havia adiantado que, além de já ter ampliado oito novos leitos de UTI exclusivos para tratamento de covid-19 desde o início da pandemia, mesmo sem acréscimo financeiro, orçamentário e logístico proporcional por parte dos gestores do SUS Municipal e Estadual, utilizou outros 12 leitos de UTI Adulto em momentos de maior pico de incidência da doença.

“Assim como o HC-UFU destinou 16 leitos de enfermaria adulto, 12 leitos de enfermaria pediátrica, quatro leitos de Psiquiatria, um leito de UTI Pediátrica e cinco leitos de UTI Neonatal, além de instalar um Pronto-Atendimento Médico exclusivo para pacientes com suspeita de infecção pelo novo coronavírus”, mencionou o HC-UFU em nota.

“Embora não seja a primeira referência para atendimento à Covid-19 na pactuação com os gestores do SUS, o HC-UFU atendeu mais de 1.500 pessoas e internou, até a presente data, mais de 700 pacientes com suspeita ou confirmação dessa doença”, completou.
 

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