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08/10/2020 às 08h44min - Atualizada em 08/10/2020 às 08h44min

Operação combate esquema de corrupção que favorecia facção em presídios de MG

Ação é realizada em 15 cidades do estado nesta quinta-feira (8); um alvo foi preso no bairro Dom Almir em Uberlândia

DA REDAÇÃO
As investigações revelaram que servidores públicos e advogados negociavam vendas de vagas em unidades prisionais | Foto: Arquivo/Diário de Uberlândia
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais (Ficco-MG), que compreende as polícias Civil, Federal, Penal e o Departamento Penitenciário Federal, está realizando na manhã desta quinta-feira (8) a operação “Nelson Alegria” para combater a corrupção no Sistema Penitenciário estadual. A força-tarefa acontece em 15 cidades de Minas Gerais, incluindo Uberlândia. 

As investigações revelaram uma organização criminosa comandada por servidores públicos e advogados que negociavam vendas de vagas em unidades prisionais, vagas em determinados pavilhões, a entrada de objetos não permitidos, dentre outras práticas ilícitas. Mediante pagamento repartido entre os líderes da facção, presos de alta periculosidade eram transferidos indevidamente de unidades, além de serem colocados em ala com benefícios a que não teriam direito pelas normas de execução penal.

Foram identificados inúmeros eventos de corrupção praticados pela organização criminosa, envolvendo, principalmente, dois estabelecimentos prisionais na região metropolitana de Belo Horizonte.

Foram expedidos 29 mandados de prisão preventiva e 45 mandados de busca e apreensão, todos pela Vara de Inquérito de Contagem, e cumpridos em 15 cidades de Minas Gerais (Belo Horizonte, Betim, Contagem, Fervedouro, Francisco Sá, Lagoa Santa, Matozinhos, Muriaé, Ouro Preto, Passo, Patrocínio, Ribeirão das Neves, Uberaba, Uberlândia e Vespasiano). 

Em Uberlândia, um homem, que não teve a idade revelada, foi preso por meio de mandado de prisão na manhã desta quinta durante os trabalhos da operação. De acordo com a Polícia Federal, ele é ex-presidiário e integrava a organização criminosa. 

O autor foi rendido no bairro Dom Almir onde residia e será encaminhado para a Penitenciária de Tupaciguara. O celular do alvo também foi apreendido. 

Os investigados poderão ser indiciados pelos crimes de participação em organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e concussão, cuja soma das penas pode chegar a 20 anos de reclusão.



 

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